CNJ amordaça juízes com regras para uso em redes sociais

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Publicado em: 17/12/2019 Ă s 15:25 | Atualizado em: 17/12/2019 Ă s 15:25

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, nesta terça-feira (17), aprovar uma resoluĂ§Ă£o para estabelecer regras para a utilizaĂ§Ă£o das redes sociais por magistrados de todo o paĂ­s.

Com a resoluĂ§Ă£o, juĂ­zes que tem pĂ¡ginas nas redes sociais deverĂ£o se adequar Ă s normas em atĂ© seis meses. As informações sĂ£o da AgĂªncia Brasil.

Pela resoluĂ§Ă£o, os magistrados estĂ£o proibidos de manifestar opiniĂ£o sobre processo pendente de julgamento e fazer “juĂ­zos depreciativos” sobre despachos, votos ou sentenças. Os juĂ­zes tambĂ©m nĂ£o podem apoiar ou criticar polĂ­ticos, emitir opiniĂ£o ou compartilhar discursos discriminatĂ³rio “especialmente os que revelem racismo, LGBT-fobia, misoginia, antissemitismo, intolerĂ¢ncia religiosa ou ideolĂ³gica”.

As punições para o descumprimento das regras estĂ£o previstas na Lei OrgĂ¢nica da Magistratura Nacional (Loman), no CĂ³digo de Ética da Magistratura Nacional e nos PrincĂ­pios de Bangalore de Conduta Judicial.

Os juĂ­zes podem ser afastados do cargo, receberem censura funcional ou aposentadoria compulsĂ³ria.

AlĂ©m das proibições, a norma tambĂ©m fez recomendações aos juĂ­zes, como abster-se de compartilhar conteĂºdo e propagar fake news, alĂ©m de evitar autopromoĂ§Ă£o ou superexposiĂ§Ă£o.

De acordo o CNJ, o objetivo Ă© compatibilizar a liberdade de expressĂ£o com os deveres funcionais dos magistrados

 

Foto: Luiz Silveira/AgĂªncia CNJ