China prevê crescimento econômico de 6% e considera salto tímido

Em 2020, o Brasil caiu 4,1% e o governo Bolsonaro comemorou o resultado

CPI da covid já sabe que China pediu a Bolsonaro fim de ataques

Da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 05/03/2021 às 11:02 | Atualizado em: 05/03/2021 às 11:02

A China deu início na manhã desta sexta-feira (5) à sessão anual do Congresso Nacional do Povo (CNP). O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, em seu discurso, estabeleceu uma meta de crescimento econômico neste ano de ao menos 6% do Produto Interno Bruto (PIB).

O objetivo é considerado modesto e abaixo das projeções de outros economistas. Por exemplo, o FMI previu uma expansão de ao menos 8,1% para o país, após a expansão tímida de 2,3% em 2020 por causa da pandemia. A informação é de “O Globo”.

O encontro deste ano tem especial significado por causa do lançamento do 14º  plano quinquenal do país, cobrindo de 2021 a 2025.

No plano estão incluídos objetivos como o reequilíbrio da economia para aumentar a demanda interna, investimentos em indústrias de alta tecnologia e o enfrentamento a desafios de longo prazo, como o envelhecimento da população.

Em 2020, pela primeira vez não foi apresentada uma projeção anual de crescimento ao Congresso, em função da pandemia de coronavírus.

Ainda assim, a economia da China foi a única entre as grandes mundiais a se expandir naquele ano, 2,3%, índice mais baixo desde 1976, auxiliada pelas injeções de liquidez do Banco Central para apoiar empresas, por gastos fiscais extras em infraestrutura e pelo rápido controle de surtos de coronavírus.

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Por outro lado, diante da contração recorde de 4,1% da economia brasileira em 2020 devido ao impacto da pandemia de covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou na quarta-feira (3) uma queda menor que a esperada e, como “dado positivo”, disse que o Brasil é um dos países com menor queda no PIB (Produto Interno Bruto), conforme “O Tempo”.

Trata-se do maior recuo da série histórica com a metodologia atual, que começa em 1996, superando a retração de 3,5% registrada em 2015.

“Desculpa, eu não tomei conhecimento da avaliação do PIB. O que eu posso falar para você [é] que se esperava que a gente ia cair 10%, mas parece que caímos 4%. É um dos países que menos caiu no mundo todo, então, tem esse dado positivo”, disse Bolsonaro.

Leia mais no O Globo e em O Tempo.

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil