Chefia de estatais e altos salários silenciam militares sobre Bolsonaro

Das 46 empresas ligadas à União, 16 são dirigidas por membros do Exército, Aeronáutica ou Marinha

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Publicado em: 15/09/2021 às 14:18 | Atualizado em: 15/09/2021 às 14:18

O silêncio dos militares diante da escalada golpista de Bolsonaro tem seus motivos. Afinal de contas, vários integrantes das Forças Armadas estão sendo muito bem pagos para aplaudir as ações do ex-capitão, por mais absurdas e antidemocráticas que sejam.

Muitos militares ocupam cargos de comando em um terço das estatais administradas pelo governo federal, onde enriquecem à custa do erário.

Das 46 empresas ligadas à União, 16 são dirigidas por membros do Exército, Aeronáutica ou Marinha.

Nesses postos, acumulam remunerações exorbitantes e chegam a ter um faturamento mensal maior do que R$ 260 mil. Mais um favorecimento do mandatário aos amigos de farda, que hoje já somam 6.157 membros em todo o governo.

O caso mais emblemático é o da Petrobras, presidida pelo general de Exército da reserva Joaquim Silva e Luna, no cargo desde abril. Ele assumiu o posto após uma intervenção de Bolsonaro na estatal, descontente com os constantes reajustes dos combustíveis.

Até então, o general recebia mensalmente uma aposentadoria de R$ 32,2 mil. De abril de 2021 até agora, Silva e Luna turbinou seus vencimentos, somando à sua conta bancária o salário adicional de R$ 228,2 mil.

Todos os militares lotados na direção de estatais possuem contracheques que desrespeitam o teto constitucional, valor máximo que um servidor federal pode receber. 

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Foto: José Cruz/EBC