Bolsonaro quer CPI com ações da PF contra governadores e prefeitos
As investigações avançaram sobre o governo de dez estados e tratam sobre fraudes em licitações, superfaturamento de contratos e desvios de verbas

Publicado em: 13/04/2021 Ă s 11:16 | Atualizado em: 13/04/2021 Ă s 11:16
Caso a ampliaĂ§Ă£o da ComissĂ£o de InquĂ©rito Parlamentar (CPI) sobre covid-19 se confirme, senadores do colegiado deverĂ£o se debruçar sobre pelo menos 76 operações deflagradas pela PolĂcia Federal (PF) – com 147 prisões e 1.160 mandados de busca e apreensĂ£o – desde o inĂcio da pandemia que miram governadores e prefeitos.
As investigações avançaram sobre o governo de dez estados e tratam sobre fraudes em licitações, superfaturamento de contratos e desvios de verbas.
HĂ¡ ainda apurações que atingem o governo federal, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da SaĂºde Eduardo Pazuello, em funĂ§Ă£o da recomendaĂ§Ă£o do uso de remĂ©dios sem eficĂ¡cia no Amazonas e no ParĂ¡
Segundo a PF, os valores de contratos suspeitos de irregularidades nos estados totalizam mais de R$ 2,1 bilhões.
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Desde abril do ano passado, houve operações contra integrantes de pelo menos dez governos estaduais — dois governadores, Wilson Witzel (PSC), do Rio, e Carlos MoisĂ©s (PSL), de Santa Catarina, estĂ£o afastados respondendo a processos de impeachment por fraudes em gastos emergenciais na SaĂºde.
AmapĂ¡, Amazonas, Distrito Federal, ParĂ¡, Pernambuco, Rio Grande do Sul, RondĂ´nia e Roraima sĂ£o outros estados que tiveram governadores ou secretĂ¡rios na mira da PF.
Witzel foi alvo da OperaĂ§Ă£o Placebo, em maio de 2020, que investigava irregularidades na contrataĂ§Ă£o da organizaĂ§Ă£o social (OS) Iabas para gerir sete hospitais de campanha do governo do Rio. Os contratos somam R$ 836 milhões.
Em agosto, em nova operaĂ§Ă£o da PF, a Tris In Idem, Witzel foi afastado do cargo por decisĂ£o do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O MinistĂ©rio PĂºblico Federal (MPF) havia chegado a pedir a prisĂ£o do governador.
Em Santa Catarina, MoisĂ©s foi alvo da PF em setembro na OperaĂ§Ă£o Pleumon, que realizou buscas e apreensões para investigar um gasto de R$ 33 milhões na compra de respiradores.
A suposta fraude também levou à abertura de processo de impeachment, que afastou Moisés do cargo, em março, pela segunda vez.
No ParĂ¡, a OperaĂ§Ă£o Para Bellum, em junho, tambĂ©m mirou compra de respiradores pelo governo do estado.
A investigaĂ§Ă£o, que teve entre seus alvos o governador Helder Barbalho (MDB), apura um contrato de R$ 50,4 milhões por respiradores que apresentaram defeitos.
Barbalho voltou a ser alvo da PF em setembro, na OperaĂ§Ă£o S.O.S., destinada a apurar contratos de R$ 1,2 bilhĂ£o firmados para gerenciar hospitais de campanha.
Witzel foi alvo da OperaĂ§Ă£o Placebo, em maio de 2020, que investigava irregularidades na contrataĂ§Ă£o da organizaĂ§Ă£o social (OS) Iabas para gerir sete hospitais de campanha do governo do Rio. Os contratos somam R$ 836 milhões. Em agosto, em nova operaĂ§Ă£o da PF, a Tris In Idem, Witzel foi afastado do cargo por decisĂ£o do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O MinistĂ©rio PĂºblico Federal (MPF) havia chegado a pedir a prisĂ£o do governador.
Em Santa Catarina, MoisĂ©s foi alvo da PF em setembro na OperaĂ§Ă£o Pleumon, que realizou buscas e apreensões para investigar um gasto de R$ 33 milhões na compra de respiradores. A suposta fraude tambĂ©m levou Ă abertura de processo de impeachment, que afastou MoisĂ©s do cargo, em março, pela segunda vez.
No ParĂ¡, a OperaĂ§Ă£o Para Bellum, em junho, tambĂ©m mirou compra de respiradores pelo governo do estado. A investigaĂ§Ă£o, que teve entre seus alvos o governador Helder Barbalho (MDB), apura um contrato de R$ 50,4 milhões por respiradores que apresentaram defeitos. Barbalho voltou a ser alvo da PF em setembro, na OperaĂ§Ă£o S.O.S., destinada a apurar contratos de R$ 1,2 bilhĂ£o firmados para gerenciar hospitais de campanha.
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Foto: DivulgaĂ§Ă£o