Bolsonaro minimiza falta de UTI no país: “Isso sempre existiu”
Além disso, Bolsonaro novamente criticou medidas restritivas tomadas por governadores contra o coronavírus

Publicado em: 28/02/2021 às 13:59 | Atualizado em: 28/02/2021 às 14:51
Neste domingo (28), ao fazer reflexão sobre a crise de leitos de UTI para pacientes de coronavírus (covid) que se agrava em todo o país, o presidente da República minimizou o problema. Bolsonaro disse que a falta de UTI é um dos problemas que sempre existiu na saúde do Brasil.
Ele emitiu tal opinião no Facebook, enquanto compartilhava matérias antigas de jornais.
Além disso, novamente criticou medidas restritivas tomadas por governadores. Na sua visão, fechamento de comércio e isolamento social são medidas contra o cidadão e a economia do país. “[…] Te obrigar a ficar em casa, vem o desemprego em massa […]”.
Na sexta (26), ao promover aglomeração no Ceará e se negar a usar máscara, Bolsonaro tentou intimidar governadores que impõem restrição à população e a atividades econômicas não essenciais.
Mesmo o país amargando mais de 250 mil mortos pela doença, e crescendo no pior momento da pandemia, Bolsonaro ameaçou que governador que adotar medidas de restrição deverá bancar o pagamento de novo auxílio emergencial à população.
“O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e daqui para frente o governador que fechar seu estado, o governador que destrói emprego, ele é que deve bancar o auxílio emergencial”.
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Em reação, governadores se articulam para pressionar o governo de Bolsonaro a se responsabilizar por medidas de prevenção contra o vírus em todo o país. Querem muito mais participação do Planalto no combate à crise do que a distribuição de vacina aos estados.
“O que queremos são medidas nacionais. Estamos em vias de um colapso nacional na rede hospitalar e, é necessário, então, uma ação nacional. Se um estado faz e o outro não faz, a gente vai estar enxugando gelo. Então, há necessidade de medidas em relação aos aeroportos, portos, ferrovias, pra gente ter uma condição de controle maior da entrada do vírus”.
A afirmação é do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), neste sábado (27). Ele é coordenador do Fórum Nacional de Governadores.
Bolsonaro se mostra incomodado com essa pressão e incentiva a população a cobrar de governadores e prefeitos o pagamento de auxílio.
“Essa politicalha do ‘fica em casa, a economia a gente vê depois’ não deu certo e não vai dar certo”, afirmou.
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Foto: José Dias/Presidência da República