Bolsonaro quer doar sobras de campanha, mas legislação proíbe

Publicado em: 30/10/2018 às 15:22 | Atualizado em: 30/10/2018 às 15:22

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse, nesta terça-feira (30), nas redes sociais, que pretende doar parte do que sobrou da sua campanha eleitoral para o hospital de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

No local, ele foi submetido à primeira cirurgia, logo após o ataque em 6 de setembro, quando levou uma facada no abdômen. “[O hospital] onde eu nasci de novo”, disse, conforme publicação da Agência Brasil.

Segundo Bolsonaro, a campanha custou aproximadamente R$ 1,5 milhão, mas arrecadou mais que isso. “Nossa campanha custou cerca de R$ 1,5 milhão, menos que a metade do que foi arrecadado com doações individuais. Pretendo doar o restante para a Santa Casa de Juiz de Fora, onde nasci novamente. Acredito que aqueles que em mim confiaram, estarão de acordo”.

 

Proibição

A doação, porém, esbarra no veto da legislação eleitoral.

Pelas normas eleitorais, as sobras de campanha à Presidência da República devem ser repassadas ao diretório nacional do partido do candidato, que ficará então responsável pela utilização, contabilização e prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No caso, as sobras de campanha devem ser remetidas para o PSL, segundo a lei.

 Também nas redes sociais, Bolsonaro voltou a apelar por união no país.

“Somente com a união, num Brasil propositalmente estimulado para ser dividido, resgataremos nosso país.”

 

Foto: Tânia Rêgo/ABr