Bolsonaro deixou quase 40 milhões de doses de vacinas serem estragadas

O prejuízo é de de R$ 170 milhões

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Publicado em: 21/04/2023 às 09:52 | Atualizado em: 21/04/2023 às 09:55

O Ministério da Saúde incinerou mais de 39 milhões de doses de vacinas que passaram da validade entre 2019 e 2022, período do governo Jair Bolsonaro (PL).

Entre elas, estão mais de 3 milhões de doses da vacina pentavalente, que está em falta em postos de saúde desde 2019 por problemas de abastecimento em todo o mundo. Segundo o G1, prejuízo ultrapassa R$ 170 milhões.

Segundo os dados fornecidos via Lei de Acesso à Informação, foram incinerados 3.884.309 de frascos da vacina pentavalente com uma dose cada.

A vacina protege contra tétano, coqueluche, difteria, hepatite B e contra uma bactéria que causa infecções no nariz, na meninge e na garganta.

Já da vacina dupla viral, que protege contra sarampo e rubéola, foram queimados mais de um milhão de frascos com 10 doses cada, ou seja, 10 milhões de doses deixaram de ser aplicadas.

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Prejuízo

No total, o custo só com a perda das vacinas foi de R$ 170 milhões. Dessa forma, o gasto do governo federal é ainda maior, porque há despesa para se fazer a gestão do estoque e para incinerá-lo.

O valor representa quase 10 vezes o orçamento previsto para o combate à tuberculose no país, que é de R$ 13 milhões para este ano.

A proteção contra a doença envolve a vacina BCG, da qual o ministério destruiu 9 milhões de doses.

No ano passado, o ministério teve de reduzir o número de doses enviadas aos estados por problemas no estoque.

Só no caso pentavalente, a demanda do Brasil é de 800 mil doses por mês, mas “o abastecimento está parcialmente suspenso desde julho de 2019 porque os lotes foram reprovados no teste de qualidade”, conforme registra o ministério em sua página.

O estoque incinerado poderia ter abastecido toda a necessidade do país por mais de 4 meses.

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Foto: Alan Santos/Presidência da República