Ajudante de Bolsonaro vendeu joias nos Estados Unidos, diz PF

Investigadores da Polícia Federal descobriram gravações indicando que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, negociou e vendeu joias nos Estados Unidos.

Publicado em: 08/08/2023 Ă s 11:07 | Atualizado em: 08/08/2023 Ă s 11:07

ApĂ³s vasculhar o armazenamento em nuvem do celular de Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, investigadores da PolĂ­cia Federal (PF) encontraram gravações que apontam para suas atividades de negociaĂ§Ă£o e venda de joias nos Estados Unidos este ano.

As evidĂªncias revelam que essas transações ocorreram durante a estada de Cid na FlĂ³rida, quando acompanhava o ex-presidente Bolsonaro no inĂ­cio do ano.

A PolĂ­cia Federal planeja solicitar Ă  justiça americana a documentaĂ§Ă£o que comprove essas negociações, a fim de integrĂ¡-la ao inquĂ©rito em andamento no Brasil.

Anteriormente, a CPI dos Atos Golpistas jĂ¡ havia obtido e-mails que indicavam a negociaĂ§Ă£o de um relĂ³gio Rolex, avaliado em aproximadamente R$ 300 mil, por Mauro Cid no Brasil. Esse relĂ³gio havia sido presenteado a Jair Bolsonaro pelo governo da ArĂ¡bia Saudita em 2019.

Leia mais

Bolsonaro tem estratégia distinta em casos Zambelli e Mauro Cid

Atualmente, Mauro Cid encontra-se detido nas instalações do ExĂ©rcito por conta da falsificaĂ§Ă£o de certificados de vacinaĂ§Ă£o de Bolsonaro e sua famĂ­lia. Embora jĂ¡ tenha prestado depoimento Ă  comissĂ£o parlamentar de inquĂ©rito, ele optou pelo silĂªncio na ocasiĂ£o. A CPI dos Atos Golpistas considera a possibilidade de convocĂ¡-lo novamente.

Fontes prĂ³ximas a Mauro Cid dentro do ExĂ©rcito foram informadas sobre esses novos desenvolvimentos e estĂ£o preocupadas com a deterioraĂ§Ă£o da situaĂ§Ă£o do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. HĂ¡ temores de que ele possa ser condenado e perder sua posiĂ§Ă£o militar. Por outro lado, bolsonaristas receiam que Cid possa optar por fazer uma delaĂ§Ă£o.

A defesa de Mauro Cid foi procurada, mas declarou que nĂ£o estĂ¡ apta a comentar as informações atĂ© ter acesso Ă  documentaĂ§Ă£o das investigações.

Leia mais no g1

Foto: Marcos Oliveira/AgĂªncia Senado