Balanço de perdas e ganhos no troca-troca de partidos na Câmara
De acordo com levantamento cerca de 10% dos parlamentares já mudaram de sigla na janela partidária

Publicado em: 23/03/2022 às 09:43 | Atualizado em: 23/03/2022 às 09:43
Vinte dias depois de iniciada a chamada “janela partidária”, 55 deputados federais (10,7% do total de 513) trocaram de partido no período, segundo levantamento do g1.
A janela partidária começou no último dia 3 e termina no próximo dia 1º. Nesse período, deputados federais, estaduais e distritais podem trocar de legenda sem risco de perder o mandato.
Para o levantamento, o g1 se baseou nos registros oficiais da Câmara e nos contatos com partidos e gabinetes dos deputados.
Até agora, a principal finalidade das movimentações é eleitoral. Há casos de parlamentares que trocaram de partido porque não tinham espaço na legenda em que estavam para disputar outros mandatos, como o de senador ou governador. Há os que obtiveram na nova sigla promessa de recursos para a campanha ou ainda os que migraram para se manter na mesma legenda do pré-candidato a presidente da República que apoiam.
Saiba qual é a situação das bancadas dos principais partidos da Câmara:
PL
Nesse último exemplo, o maior beneficiário é o PL, partido ao qual se filiou o presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição.
A legenda iniciou o período de migrações partidárias com 42 deputados na Câmara. Com a entrada de bolsonaristas, o PL saltou para 63 e se tornou o partido com a maior bancada de deputados federais.
PT
O PT, principal partido de oposição, já teve a maior bancada da Câmara. Atualmente, detém a segunda, com 54 deputados. Mas poderá perder Marília Arraes (PE), que, em razão de divergências políticas regionais, negocia a transferência para o Solidariedade, a fim de disputar uma vaga no Senado ou o governo de Pernambuco.
União Brasil
O União Brasil é, até o momento, o partido que mais baixas sofreu com a janela partidária. A legenda, resultado da fusão entre PSL e DEM em fevereiro, atualmente com 52 deputados, chegou a ter 81. Mas gradativamente foi perdendo parlamentares para o PL, para onde migrou a maior parte dos bolsonaristas então abrigados no PSL.
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Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados