ApĂ³s admitir destruiĂ§Ă£o florestal, Brasil adere compromissos na COP26
Segundo o chefe das negociações do Brasil na COP26, Pauilino Franco de Carvalho, o governo fez uma "reflexĂ£o cuidadosa" sobre sua polĂtica ambiental e resolveu "corrigir" rumos

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 09/11/2021 Ă s 18:24 | Atualizado em: 09/11/2021 Ă s 18:24
O Brasil resolveu aderir a compromissos na COP26 que incluem zerar desmatamento ilegal, financiar povos indĂgenas e reduzir emissões de metano na agropecuĂ¡ria.
Conforme o embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, que chefiou as negociações do Brasil na COP26, a conferĂªncia sobre mudanças climĂ¡ticas das Nações Unidas.
Entrevista Ă BBC News Brasil disse que o governo fez uma “reflexĂ£o cuidadosa” sobre sua polĂtica ambiental e resolveu “corrigir” rumos. Como informa o Uol.
Num claro contraste com a visĂ£o adotada nos trĂªs primeiros anos de governo do presidente Jair Bolsonaro, que levou a recordes de emissões e destruiĂ§Ă£o florestal.
“Houve dentro do governo uma reflexĂ£o cuidadosa sobre o tema e chegamos Ă conclusĂ£o de que deverĂamos nos engajar mais”, disse Carvalho Neto.
Nesse sentido, o secretĂ¡rio de Assuntos PolĂticos Multilaterais frisou:
“Reconhecemos que temos que enfrentar o desafio do desmatamento ilegal.”
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Discurso
O presidente Jair Bolsonaro nĂ£o compareceu Ă COP26, mas, gravou seu discurso, no qual defendeu mais “ambições” nas metas climĂ¡ticas brasileiras.
Como resultado, o Brasil assumiu o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2028 e cortar em 50% as emissões de gases poluentes até 2030.
Mas ambientalistas e povos indĂgenas receberam com ceticismo essas promessas.
É que o governo Bolsonaro tem apoiado no Congresso Nacional projetos de lei que regularizam Ă¡reas desmatadas e reduzem territĂ³rios indĂgenas.
Portanto, essas medidas do governo vĂ£o na contramĂ£o das novas metas anunciadas.
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Foto: Lincoln Siebra/MRE/Fotos PĂºblicas