Amazônia vive incerteza com políticas climática e ambiental

Rio Amazônia

Publicado em: 14/01/2019 às 09:55 | Atualizado em: 14/01/2019 às 09:55

A extinção de secretarias que lidavam especificamente com a política climática e o desmatamento ilegal na Amazônia e no resto do país deixa indefinido como serão tratados esses temas pelo governo federal.

Até este momento os ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores não disseram como vão preencher essas lacunas.

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esses temas devem ser conduzidos por assessorias, status bem abaixo do poder de uma secretaria.

Os planos nacionais de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal e do Cerrado, por exemplo, têm destino incerto, afirma o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl.

Salles já disse que o Brasil não se comprometerá com novas metas climáticas, e que o país já fez muito, e agora é hora de cobrar dos países ricos e receber recursos para fazer mais.

 

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Grilagem, garimpo e tráfico de drogas

Alfredo Sirkis, coordenador do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, diz que ainda é cedo para saber qual será a política do governo para o desmatamento e o clima.

“O clima não é uma agenda só da área ambiental, mas permeia todo o governo porque impacta a economia e, a meu ver, é o terceiro maior problema de segurança nacional, depois da ocupação de territórios pelo tráfico e a ameaça de guerra civil na Venezuela”, afirmou.

Sirkis diz que não se refere ao agronegócio produtivo, mas à grilagem e ao garimpo ilegal em terras públicas.

“Trata-se de desmatamento ilegal. No sul do Amazonas, por exemplo, ele é feito por grupos ligados ao tráfico de drogas”.

Leia matéria completa de O Globo.

 

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Foto: Reprodução/Portal do Zacarias