Alvos da quebra de sigilo pela CPI da covid pedem suspensão ao STF

A CPI da covid também aprovou a quebra de sigilo fiscal e bancário de empresas de publicidade para apurar disparo em massa de supostas mensagens falsas

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Publicado em: 11/06/2021 às 17:01 | Atualizado em: 11/06/2021 às 17:01

Alguns dos alvos dos requerimentos de quebra de sigilo aprovados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid, nessa quinta-feira (10), acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a decisão dos senadores e manter a restrição de acesso a seus dados telefônicos e telemáticos.

A chamada “transferência” do sigilo telefônico inclui o registro e a duração de todas as ligações feitas e recebidas conforme período delimitado pelos senadores.

A transferência do sigilo telemático solicita o envio de uma série de informações, entre as quais cópias do conteúdo armazenado, lista de contatos, cópia de e-mails e localizações de acesso à conta.

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Até esta sexta-feira (11), o STF recebeu mandados de segurança de alguns dos alvos da quebra de sigilo: 

Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores 

Zoser Hardman, ex-assessor especial do Ministério da Saúde; 

Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, conhecida como “Capitã Cloroquina”; 

Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde. 

Com a decisão, a CPI busca obter detalhes das negociações sobre aquisição de vacinas e as conversas entre um suposto “gabinete paralelo” que teria assessorado o governo. 

A comissão também aprovou a quebra de sigilo fiscal e bancário de empresas de publicidade.

A ação visa apurar o disparo de mensagens em massa com conteúdo falso sobre o combate à covid e quem teria financiado a propagação de notícias fraudulentas.

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado