Fique alerta às consequências da automedicação com cloroquina

Cloroquina está em teste contra o coronavírus em pacientes hospitalizados

Cloroquina

Publicado em: 29/03/2020 às 11:49 | Atualizado em: 29/03/2020 às 11:49

O Ministério da Saúde divulgou nota técnica neste sábado (28) para alertar sobre os riscos da automedicação com cloroquina.

Conforme o alerta, a cloroquina não deve ser administrada fora dos hospitais. O remédio vem sendo testado em pacientes graves do coronavírus.

O protocolo prevê cinco dias de uso do medicamento, em complemento a outras medidas. Por exemplo, auxílio de respiração e medicação contra febre e mal-estar.

Segundo a nota, dentre os efeitos colaterais estão lesões na retina, prejudicando a visão, e distúrbios cardiovasculares.

De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Mandetta, é importante que o remédio só seja usado em casos mais complexos. Por isso, ele descarta a cloroquina e a hidroxicloroquina para pacientes em geral.

“Esse medicamento pode dar arritmia cardíaca, pode paralisar a função do fígado”.

Resumindo, Mandetta disse que se pode ter mais mortes por mau uso do medicamento do que pela própria virose.

Ele informou que, apesar de estudos indicarem possível contenção do vírus com a cloroquina, ainda não existem evidências conclusivas.

 

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Distribuição da cloroquina

Conforme o ministério, a distribuição aos estados de 3,4 milhões de unidades dos dois medicamentos começou no dia 27.

Os remédios já são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de malária, que também é uma virose.

Além dela, é usado contra doenças autoimunes (quando o sistema imunológico causa inflamações) como lúpus e artrite reumatoide.

Fonte: Agência Brasil

 

Foto: Reuters/Adriano Machado (Reprodução/Agência Brasil)