Agentes da PRF jogam culpa dos bloqueios à omissão de Bolsonaro
Entidades que representam a corporação cobram "postura firme" do comando e criticam inércia do presidente

Publicado em: 01/11/2022 às 15:32 | Atualizado em: 01/11/2022 às 16:36
A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fena PRF) e sindicatos dos policiais rodoviários federais emitiram nota, nesta terça-feira (1º), criticando o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela inércia após a vitória de Lula da Silva (PT).
As entidades da PRF atribuem a escalada das manifestações ao silêncio de Bolsonaro, que ainda não se pronunciou desde a derrota, no domingo (30).
No posicionamento, os servidores reafirmam o “compromisso com o Estado Democrático de Direito” e defendem que “o resultado das eleições de 2022 expressa a vontade da maioria da população e deve ser respeitado”.
“A postura do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, em manter o silêncio e não reconhecer o resultado das urnas acaba dificultando a pacificação do país, estimulando uma parte de seus seguidores a adotar ações de bloqueios nas estradas brasileiras”, enfatizam as entidades na nota.
Leia mais
Presidente do TSE manda PRF desbloquear rodovias no país
Os policiais rodoviários reiteram os esforços para contornar os bloqueios realizados por bolsonaristas revoltados com a vitória do petista.
“Os PRFs seguem trabalhando diuturnamente para o restabelecimento do direito de ir e vir da população. Importa frisar que compete exclusivamente à gestão do Departamento de Polícia Rodoviária Federal providenciar e disponibilizar os meios e a organização do efetivo necessários para dar cumprimento à desobstrução das rodovias federais”, esclarecem.
Diante disso, as entidades cobram “postura firme da direção” da PRF a fim de “prover meios necessários para que a corporação cumpra suas funções constitucionais, garantindo assim o direito de ir e vir da população e resguardando a segurança e integridade dos policiais”.
“A Polícia Rodoviária Federal é um patrimônio da sociedade e seguirá firme na defesa da democracia, do respeito às leis e às decisões judiciais”, finaliza.
Leia mais no Metrópoles.
Foto: Divulgação/PRF