Gasoduto no Amazonas rendeu propina da OAS a Lula, denuncia PGR

Publicado em: 06/09/2017 às 00:03 | Atualizado em: 06/09/2017 às 00:03
O Amazonas está entre os estados que renderam R$ 230 milhões em propina para o ex-presidente Lula da Silva (PT).
É o que consta de denúncia que a Procuradoria-Geral da República (PGR) fez hoje, dia 5, ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da operação Lava Jato.
Segundo a PGR, a construtora OAS fez pagamentos de R$ 27 milhões a Lula para favorecimento de contratos no Amazonas, e outros estados, entre 2004 e 2012.
A empresa integrou o consórcio que construiu o gasoduto Urucu/Coari-Manaus, da Petrobrás. Só entre 2007 e 2008, o Tribunal de Contas da União (TCU) detectou 26 irregularidades no contrato da obra.
A OAS é a empresa de Léo Pinheiro, delator na operação Lava Jato e muito próximo de Lula, que realizou obras nos imóveis de Atibaia e Guarujá, que seriam de propriedade do ex-presidente.
Há exatamente um ano, Léo Pinheiro era preso pela operação Greenfield, uma das fases da Lava Jato, envolvido também no desvio de R$ 8 bilhões de fundos de pensão. A Polícia Federal cumpriu mandados judiciais também no Amazonas naquele 5 de setembro de 2016.
A propina da OAS é apenas uma pequena parte do que teria sido destinado a Lula em pagamentos de vantagens indevidas por outras empresas, como a Odebrecht. Os valores, segundo a conta da PGR, chegam a R$ 230 milhões.
Lula é citado pela PGR como o “grande idealizador” da organização criminosa formada no governo federal para desvio de recursos relacionados à Petrobrás.
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Foto: Reprodução/Twitter