Nova votaĂ§Ă£o de lista trĂplice do TRE pode ser remendo mal feito

Publicado em: 16/03/2018 Ă s 06:49 | Atualizado em: 08/05/2018 Ă s 18:45
A anulaĂ§Ă£o por parte da presidĂªncia do TJ-AM da lista trĂplice para a vaga de titular do TRE-AM, reservada a advogados, estĂ¡ sendo tratada como um remendo Ă votaĂ§Ă£o da Ăºltima terça-feira, dia 13. A ideia, segundo magistrados da corte, Ă© evitar possĂvel intervenĂ§Ă£o do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no finzinho da gestĂ£o do desembargador FlĂ¡vio Pascarelli.
Fogo amigo
Magistrados que atuam no TJ-AM informaram ao BNC que houve a suspeita que algum dos membros do tribunal faria comunicaĂ§Ă£o ao CNJ sobre a votaĂ§Ă£o secreta para a lista que definiu como aptos Ă vaga a ex-mulher de Pascarelli, a advogada Giselle Falcone Medina Pascarelli Lopes; Francisco Maciel do Nascimento, que foi membro do TRE-AM hĂ¡ cerca de oito anos; e Vasco Vasques, ex-funcionĂ¡rio do TJ-AM.
O CNJ recomenda que, nestes casos, a votaĂ§Ă£o seja aberta e listas secretas tiveram que ser refeitas. ApĂ³s analisar este cenĂ¡rio, aliados de Pascarelli o aconselharam a “corrigir” o problema.
Candidata Forte
Apesar de ter nome menos expressivo no eleitoral que outros advogados que ficaram de fora da lista, o nome de Gisele Pascarelli virou bolĂ£o de aposta entre profissionais do Direito que atuam no TJ-AM.
Advogados que condenaram a exclusĂ£o de nomes como da advogada Maria Benigno e Felipe Thury da lista, afirmam que, com a votaĂ§Ă£o aberta, o nome de Gisele deve receber mais votos em funĂ§Ă£o da ascendĂªncia que o ex-marido dela tem sobre os demais membros do TJ-AM, exibida nas Ăºltimas eleições por espaços de poder no judiciĂ¡rio amazonense.
Coisa diversa
A votaĂ§Ă£o poderia ter placar diferente se a votaĂ§Ă£o fosse marcada para depois da eleiĂ§Ă£o para a presidĂªncia do TJ-AM, na opiniĂ£o de advogados, magistrados e funcionĂ¡rios do TJ-AM ouvidos pela coluna nesta quinta-feira. É que a convocaĂ§Ă£o de Pascarelli para a nova votaĂ§Ă£o foi marcada para um dia antes da escolha do novo presidente do TJ-AM.
Esses juristas acreditam que, se a definiĂ§Ă£o da lista trĂplice do TJ-AM fosse depois que o nome de Yedo Simões fosse aclamado, o resultado poderia ser diferente em funĂ§Ă£o da diminuiĂ§Ă£o de perspectiva de poder nas mĂ£os do desembargador FlĂ¡vio Pascarelli.
Nova nulidade 1
Outra aposta entre advogados, magistrados e membros do MinistĂ©rio PĂºblico que acompanham a polĂªmica lista do TRE-AM Ă© que novas nulidades poderĂ£o ser apontadas neste processo de escolha. Uma delas Ă© que a convocaĂ§Ă£o da nova votaĂ§Ă£o, segundo ofĂcio encaminhado pelo secretĂ¡rio-geral do TJ-AM aos desembargadores, indica que o ato partiu do presidente FlĂ¡vio Pascarelli.
No entanto, na votaĂ§Ă£o em que o plenĂ¡rio definiu a lista trĂplice, Pascarelli nĂ£o participou porque se deu por impedido e deixou a sessĂ£o naquele momento. Os juristas alegam que Pascarelli, mesmo sendo presidente, nĂ£o pode anular uma decisĂ£o do pleno.
Nova nulidade 2
Os juristas que acompanham o processo de escolha do novo membro titular do TRE-AM avaliam, ainda, que uma nova votaĂ§Ă£o nĂ£o poderia ser convocada a partir de um simples ofĂcio aos desembargadores. Avaliam que os advogados que disputam a vaga deveriam ser comunicados da alteraĂ§Ă£o. TambĂ©m apontam a hipĂ³tese de que um novo edital para a vaga deveria ser lançado.
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