TRE-AM: Lula repõe vaga ocupada por bolsonarista raiz
Nomeação foi feita ontem, mas publicada hoje no Diário Oficial da União

Neuton Correa, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 28/02/2024 às 07:57 | Atualizado em: 28/02/2024 às 12:13
O presidente Lula da Silva (PT) nomeou ontem (27) a advogada Giselle Pascarelli Lopes para compor o plenário do TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas) no lugar de bolsonarista raiz.
Giselle, portanto, vai ocupar o cargo de juíza titular do tribunal já a partir das eleições municipais deste ano.
Ela substitui o advogado Kon Tsih Wang, nomeação de Bolsonaro. Embora seja um advogado militante, Wang era visto por seus colegas como um bolsonarista raiz no tribunal.
O que o caracterizava dessa forma era uma foto que ele fez ao lado de Bolsonaro, no gabinete do então presidente da República.
- A magistrada já integrou o plenário do TRE como desembargadora eleitoral de 2019 a 2020.
- Sua volta ao TRE é na vaga de jurista, da classe dos advogados.

Giselle Pascarelli foi nomeada por Lula neste dia 27
Representação feminina
Quando assumiu vaga de desembargadora eleitoral em janeiro de 2019, Giselle disse que sua presença na corte do TRE-AM significava a valorização da mulher.
“Orgulhosa por poder representar todas as mulheres não apenas da minha classe na Ordem dos Advogados, mas principalmente por me sentir representante de todas as mulheres que lutam para ter reconhecimento em suas funções, sejam elas de poder maior ou menor, considerando que muitas de nós somos duramente cerceadas por alguns de nossos pares que ainda insistem em pregar a ideologia da desigualdade e da discriminação, principalmente em meios onde a composição de seus membros é predominantemente masculina”.
Giselle Pascarelli

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Polêmica em 2018
Até que Giselle fosse a escolhida para o mandato 2019-2020, houve certa polêmica na definição.
A lista tríplice dos concorrentes à vaga no tribunal eleitoral, por exemplo, chegou a ser devolvida pelo TSE. O ministro Luís Roberto Barroso determinou que fosse feita nova composição pelo TJ-AM (Tribunal de Justiça).
O que aconteceu é que um dos nomes, o advogado Vasco Vasques, não preenchera um dos requisitos para indicação, que era o tempo de exercício da profissão, conforme Barroso.
Foto: reprodução