Governo vai cobrar por SMS quem sacou auxĂ­lio emergencial irregular

MinistĂ©rio da Cidadania diz que, se cada pessoa devolver ao menos uma parcela, valor recuperado pode chegar a R$ 1,57 bilhĂ£o

Governo limita crédito de novas parcelas do auxílio a R$ 600 por família

Publicado em: 05/12/2020 Ă s 08:00 | Atualizado em: 04/12/2020 Ă s 20:29

O governo federal deve enviar, ainda este mĂªs, mensagens de celular a 2,6 milhões de pessoas que receberam auxĂ­lio emergencial sem ter direito ao benefĂ­cio.

O objetivo Ă© pedir que esses beneficiĂ¡rios cumpram os trĂ¢mites para devolver o dinheiro aos cofres pĂºblicos.

O MinistĂ©rio da Cidadania, gestor do auxĂ­lio, estima que o governo poderia reaver R$ 1,57 bilhĂ£o se cada um desses beneficiĂ¡rios acionados devolvesse, ao menos, uma parcela de R$ 600.

Os valores constam em um ofĂ­cio obtido pela TV Globo.

Ao todo, o ministĂ©rio prevĂª o envio de 4,8 milhões de mensagens de celular “considerando a possibilidade de precisarmos enviar uma mensagem de reforço para o pĂºblico que nĂ£o proceder com a devoluĂ§Ă£o apĂ³s o recebimento da 1ª SMS”.

De acordo com a TV, o MinistĂ©rio da Economia confirmou que as mensagens serĂ£o enviadas a partir do prĂ³ximo fim de semana.

No entanto, a pasta ainda aguarda a lista de contatos telefĂ´nicos. Desse modo, os envios devem custar R$ 162 mil ao governo.

 

InfraĂ§Ă£o

Conforme divulgado em novembro, a lista de beneficiĂ¡rios irregulares incluĂ­a pessoas com rendimentos acima do limite, com cargos eletivos, militares e servidores pĂºblicos.

Portanto, quem recebe o benefĂ­cio indevidamente, sem se enquadrar nos critĂ©rios, pode responder criminalmente pela infraĂ§Ă£o.

Dessa forma, a medida estĂ¡ prevista no art. 2º da Lei n.º 13.982/2020, segundo o MinistĂ©rio da Cidadania.

 

DevoluĂ§Ă£o

O governo lançou um site para facilitar a devoluĂ§Ă£o do AuxĂ­lio Emergencial: devolucaoauxilioemergencial.cidadania.gov.br.

Ao acessar o sistema com o CPF, o usuĂ¡rio pode gerar uma Guia de Recolhimento da UniĂ£o (GRU).

O documento pode ser pago nos canais de atendimento do Banco do Brasil ou em qualquer outro banco.

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Foto: Marcelo Camargo/AgĂªncia Brasil