CPI da covid pede que MP-RJ indicie Carlos Bolsonaro

CPI reuniu indícios de que o filho do presidente Jair Bolsonaro incorreu em incitação ao crime e disseminação de fake news na pandemia

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Publicado em: 11/11/2021 às 19:04 | Atualizado em: 11/11/2021 às 19:08

Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid pediram ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) o indiciamento do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O pedido faz parte do relatório final da CPI, que reuniu indícios de que o filho do presidente Jair Bolsonaro incorreu em incitação ao crime e disseminação de fake news, como consta no artigo 286 do Código Penal.

De acordo com os parlamentares, Carlos Bolsonaro incitou a morte ao divulgar notícias falsas nos momentos em que foi contrário à população se vacinar contra a covid-19.

Conforme o documento, o vereador ainda estimulou as pessoas a irem para ruas durante a pandemia.

“O problema é que ele fez isso sabendo que não deveria fazer mesmo se não fosse um vereador. Na verdade, é a falta de educação dele, a falta daquilo que ele nunca teve em casa”, afirmou o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Aziz fez críticas a Carlos que, segundo ele, é responsável por notícias falsas sobre a pandemia no país, incentivando o uso de medicamentos ineficazes.

“O que o vereador Carlos Bolsonaro fez é crime. Induzir as pessoas a tomarem remédio, ser o grande capitaneador do Gabinete do Ódio. Infelizmente um cidadão desses está solto ainda”, disparou.

Dessa forma, o relatório da comissão que pede o indiciamento de 80 pessoas foi entregue ao procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, na tarde desta quinta-feira (11).

A solicitação se deve ao fato de o foro para indiciar o vereador Carlos Bolsonaro seja o MPRJ.

De acordo com o senador, o pedido de indiciamento é devido ao comportamento do parlamentar carioca.

“Assim como o ex-deputado Roberto Jefferson, que também tem foro no MPRJ” , completou o líder da oposição no Senado Federal, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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Foto: Reprodução/Twitter