Questão dos concentrados põe Temer em “roda de bobo”

Temer

Publicado em: 04/06/2018 às 07:20 | Atualizado em: 04/06/2018 às 08:04

O golpe que o presidente da República, Michel Temer (MDB), aplicou no polo de concentrados da Zona Franca de Manaus (ZFM), pondo fim, por decreto, na competitividade do setor na área de abrangência do modelo, fez o líder medebista se sujeitar a uma roda de bobo jamais vista no tratamento a chefe de governo do país.

Foi na sexta-feira, dia 1º, quando, em viva-voz, esteve pressionado publicamente diante de jornalistas, câmeras, lentes e gravadores, por sete parlamentares da bancada amazonense em Brasília.

Com a mais baixa popularidade da história da República e ainda tendo que dar explicações a aliados, Temer foi colocado, literalmente, a uma roda de bobo, obrigado a atender e a ouvir o que cada um tinha para lhe cobrar.

 

“A Constituição Federal não pode ser revogada por decreto”

Do juiz de Direito Luís Cláudio Chaves, sobre o decreto do presidente Michel Temer (MDB) que acaba com as vantagens comparativas do polo de concentrados da ZFM, maior exportador da indústria do estado do Amazonas.

Para o magistrado, o caso deve ser levado ao Supremo, porque o ato de Temer afronta a Constituição da República e porque, observou, o “jogo no Congresso é pesado contra o Amazonas”.

Batalha Brasília

A próxima batalha do Amazonas contra o governo, por causa dos concentrados, já tem território definido: Brasília. Será na terça-feira, amanhã, quando a bancada federal voltará a discutir o assunto. Um dos encontros deverá acontecer na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).

 

A roda de bobo

É uma expressão do futebol em que o jogador é colocado em uma roda para tentar pegar a bola, passada entre os demais.

 

Foto: BNC Amazonas