E agora, como ficam sentenças de juiz que usava identidade de lorde inglês?

A Polícia Civil de São Paulo revelou uma fraude impressionante. O juiz aposentado José Eduardo Franco dos Reis construiu, ao longo de décadas, uma identidade falsa. Ele alegou ser descendente da aristocracia britânica.

Para sustentar essa mentira, adotou o nome extravagante de Edward Albert Lancelot Dodd Canterbur.

A Polícia Civil de São Paulo revelou que o juiz aposentado José Eduardo Franco dos Reis viveu por décadas com uma identidade falsa. Ao longo do tempo, ele construiu a figura de Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, um suposto aristocrata britânico.

Desde o início, José Eduardo utilizou documentos falsificados para sustentar a farsa. Na época, os sistemas manuais facilitaram o golpe. Com isso, ele conseguiu se formar em Direito pela USP e, posteriormente, passou em concurso público. Em 1995, tornou-se juiz e exerceu o cargo por 23 anos, sem levantar suspeitas. Durante esse período, falava com sotaque britânico e se apresentava como Edward.

No entanto, a fraude veio à tona em outubro de 2023. José Eduardo tentou tirar um novo RG com o nome falso. Entretanto, usou o número de registro verdadeiro. O sistema identificou a duplicidade pelas digitais. A partir daí, o setor antifraude travou o processo e alertou a polícia.

Ao ser interrogado, ele admitiu ser José Eduardo, mas afirmou que Edward seria seu irmão gêmeo adotado por britânicos. Apesar da explicação, a polícia investigou cartórios e registros internacionais. No final, concluiu que Edward nunca existiu.

Diante disso, o Ministério Público o denunciou por falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude em concurso. A Justiça aceitou a denúncia, e ele virou réu. Além disso, o Tribunal de Justiça suspendeu sua aposentadoria. Até o momento, ele não foi localizado para apresentar sua defesa.

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Foto: divulgação