Cheia e chuvas no Acre viram alento à navegação no Amazonas

É que as águas do rio Acre podem influenciar a enchente nas hidrovias do Amazonas.

Cheia e chuvas do Acre viram alento à navegação no Amazonas

Neuton Correa, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 28/02/2024 às 07:07 | Atualizado em: 28/02/2024 às 12:30

As chuvas e a consequente cheia dos rios do estado do Acre, que fizeram o governo decretar emergência em 17 cidades de seus 22 municípios, trazem alento à navegação no Amazonas.

É que as águas do rio Acre podem influenciar a enchente nas hidrovias do Amazonas, que em fevereiro subiram preguiçosamente. Os rios Negro e Amazonas, por exemplo, na semana passada, quase param de subir.

Mas a esperança é que as intensas águas da cheia do rio Acre possam influenciar suficiente o fundo da bacia.

Qual a ligação?

O Acre, que nasce no Peru, demarcando a fronteira Brasil/Bolívia, é um dos maiores afluentes do rio Purus. Este, que também nasce no Peru, por sua vez, é um dos maiores afluentes do Solimões. Já o Solimões é o rio que mais influencia o regime das águas entre Manaus e Belém.

Ele desagua perto de Manaus e influencia os rios Negro, Madeira e, consequentemente, o Amazonas.

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O rio Acre ultrapassou a marca de 15,55 metros e chegou ao maior nível já registrado no trecho que passa por Brasiléia, distante a mais de 230 quilômetros da capital Rio Branco. 

A informação foi publicada no G1/AC hoje (28).

Na medição das 9h30 desta quarta-feira (28), o nível chegou a 15,56 metros.

Dessa forma, passou da marca de 2015, até então a maior cheia da história. AAs águas cobriram 100% da área urbana.

Conforme o portal, o estado tem 14.476 pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados.

Como resultado, das 22 cidades acreanas, 17 estão em situação de emergência

Foto: Pedro Devani/Secom