Bolsonaro aposta no comunismo em culto e diz que ‘reza’ contra todos os dias
Assim como em 2018, Bolsonaro atiça o seu maior reduto, o evangélico, e aposta no discurso sobre valores morais para desviar o foco do debate econômico, por exemplo

Mariane Veiga
Publicado em: 06/08/2022 às 13:53 | Atualizado em: 06/08/2022 às 19:50
Em ato evangélico tomado por fiéis que ocorreu em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que reza todos os dias para que o Brasil ”não experimente as dores do comunismo”.
Para exemplificar, Bolsonaro comparou o Brasil com outros países da América do Sul e citou Argentina, Chile e Colômbia.
Assim como em 2018, Bolsonaro gasta as fichas junto ao seu maior reduto, o palanque evangélico, e aposta no discurso sobre valores morais, estratégia que foi decisiva para garantir sua vitória nas urnas.
Dessa maneira, debates como sobre a violência política, fome e as questões econômicas são ignoradas por serem consideradas pautas negativas para o atual governo.
De acordo com levantamento da Pública, em pré-campanha, o presidente já dedicou 40% da sua agenda oficial para compromissos focados no eleitorado evangélico.
“Nós somos escravos das nossas decisões, decisões erradas ou feitas com o coração e emoção, deixando de lado a razão, o sofrimento pode ser maior. Então eu só peço a deus uma coisa; que o nosso povo não experimente as dores do comunismo”, disse em discurso para evangélicos.
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Foto: Alan Santos/Presidência da República