Após 115 dias, Melo e Edilene acabam de deixar a cadeia com tornozeleira eletrônica

Por  Rosiene Carvalho, da Redação

Após 113 dias presos no sistema prisional do Amazonas como presos comuns, o ex-governador José Melo e a ex-primeira-dama Edilene Oliveira  deixaram a cadeia e voltam para casa com tornozeleiras eletrônicas, que não podem ser retiradas dos corpos deles e uma série de restrições relacionadas à circulação do casal na cidade.

Melo deixou a cadeia às 17h e Edilene pouco depois às 17h20. Os dois foram levados  para casa por seus advogados.

De acordo com dados do processo e pelas imagens recentes do ex-governador e da ex-primeira-dama, ambos estão mais magros. Melo deixou a barba crescer bastante e foi diagnosticado com depressão.

O advogado do casal, José Carlos Cavalcanti, informou que a fiança no valor de R$ 381.600 foi paga em grande parte com um imóvel em nome da ex-primeira-dama. Como a avaliação do  imóvel foi feita num valor mais baixo que o total da fiança, a defesa  de Melo ainda complementou o valor estipulado pela justiça com R$ 31 mil em dinheiro.

Cavalcanti disse que o valor e o imóvel, caso Melo consiga provar sua inocência, será restituído pela justiça ao casal.

A prisão preventiva  do casal foi decretada pela  juíza federal Jaiza Fraixe, plantonista  naquela ocasião, no dia 3 de  janeiro. A justificativa para a prisão dos dois foi o comportamento da ex-primeira-dama que, na opinião da  juíza, representava  tentativa  de obstruir a investigação da Polícia Federal.

Melo foi presos antes da Edilene e já cumpria  prisão temporária quando a  esposa foi presa. O ex-governador passou o Natal e Ano novo na cadeia, assim como seus ex-secretários Wilson Alecrim, Pedro Elias, Afonso Lobo e o irmão dele Evandro Melo.

O Ministério Público indicou, no pedido, que Edilene mandou arrombar um boxe que ainda não havia sido  vistoriado pela  Polícia Federal, onde o casal guardava objetos pessoais. Além disso, o MPF alegou que testemunhas do processo disseram que estavam se sentido ameaçados.

Melo foi denunciado pelo MPF por se beneficiar  do esquema de corrupção suspeito  de desviar mais de R$ 100 milhões do setor de  saúde e Edilene por tentativa  de obstruir  a justiça.

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