Amazonas tem razões de sobra para monitorar Guedes na CAE de Omar

A ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), nesta terça, dia 12, não pode ter a indiferença do Amazonas, seja da classe política, de líderes empresariais e trabalhadores do polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) ou outros segmentos.

As principais falas do ministro sempre soaram como ameaça à segurança jurídica do modelo criado para compensar desigualdades da região Norte em relação ao resto do país. O primeiro sinal negativo é que o ano já avança no seu terceiro mês e até agora nem previsão da primeira reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), que tradicionalmente coincidia com o aniversário da autarquia, no fim de fevereiro.

E qual a importância de o CAS se reunir? São os conselheiros que analisam e aprovam novos projetos de investimentos de empresas no polo industrial da ZFM. Além de discutir operações de créditos e financiamento.

Para o superintendente da ZFM (Suframa), Alfredo Menezes Júnior, não existe norma que discipline as reuniões do CAS. O conselho, aliás, ainda não está sequer constituído na sua gestão, o que leva a crer que tão novos projetos de investimento não vão incrementar o polo industrial.

Além disso, dois assuntos (fim de incentivos fiscais e abertura do mercado às importações) tratados por Paulo Guedes e sua política ultraliberal liquidam a ZFM.

O ministro e o governo federal precisam ser alertados que o modelo sustenta mais de 80% da economia do Amazonas, tornando-o importante mercado comprador para os estados vizinhos.

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Terceira dor de cabeça

Além desses dois eixos centrais da proposta do ministro para a economia, mais um foi colocado em pauta no fim de semana, por ele mesmo: a simplificação dos impostos. Essa medida altera todo o cardápio de atrativos fiscais que o governo federal oferece ao capital para implantar suas bases de produção na região de abrangência da ZFM.

Dependendo de como será a simplificação a ser apresentada, o Amazonas poderá seguir ou não com seu modelo de desenvolvimento, considerado o mais exitoso inagurado pelos militares há 52 anos.

Notoriedade

A ida de Paulo Guedes à CAE vai dar alta visibilidade ao senador Omar Aziz. Na véspera do evento, o assunto ganhou destaque nas principais publicações do país, principalmente porque será a primeira vez que o ministro irá se expor no Congresso para defender a reforma da previdência do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).

Nordeste organizado

Governadores dos nove estados do Nordeste mandam um sonoro recado para os colegas do Norte, outra região pobre do país.

Eles vão formalizar a criação de um consórcio legal que, juridicamente, vai representar os interesses da região.

A criação do consórcio ocorrerá na quarta-feira, dia 13, em São Luís, no Maranhão.

Dados

A equipe de assessores do governador Wilson Lima (PSC) municiou-o com o maior número possível de informações sobre o município de Maués, que visitará amanhã, inaugurando sua agenda ao interior do estado após assumir a chefia do Executivo.

Entre os dados disponibilizados estão as informações de que Sidney Leite (PSD), tio do prefeito local, Júnior Leite (Pros), foi o mais votado a deputado federal, e que Josué Neto (PSD), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), foi o deputado estadual campeão de votos.

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Vergonha

A entrada da cidade de Manacapuru, na região metropolitana de Manaus, transformou-se, literalmente, em uma vergonha para o prefeito Beto Dângelo (Pros). Os poucos quilômetros da estrada que dão acesso à malha viária transformou-se em lama e buracos.

Foto: Divulgação