VitĂ³ria de Javier Milei mexe com o Polo Industrial de Manaus 

Milei vai comandar o paĂ­s que mais compra produtos da Zona Franca de Manaus. Detalhe Ă© que ele jĂ¡ prometeu cortar as relações comerciais com o Brasil

Javier Milei, presidente eleito da Argetina

Neuton CorrĂªa, do BNC Amazonas

Publicado em: 20/11/2023 Ă s 05:29 | Atualizado em: 20/11/2023 Ă s 05:29

Pode parecer distante, mas a Argentina, paĂ­s que serĂ¡ governado a partir de 10 de dezembro pelo ultraliberal Javier Milei, estĂ¡ muito prĂ³xima de Manaus.

Para começar, Argentina é o principal parceiro comercial dos vizinhos, quando se trata de exportações do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Sim! Os argentinos sĂ£o o povo que mais compra motos do PIM. 

2022

No ano passado, eles importaram, além de motos, papel-moeda e receptor de sinal de TV via satélite.

Assim, fecharam um negĂ³cio com Manaus que rendeu US$ 27.187.064,00. Em real isso representou R$ 132,7 milhões. Ou seja: quase 40% de todo peso da balança comercial de exportaĂ§Ă£o da Zona Franca de Manaus.

2023

Este ano, do apurado de janeiro a outubro, a Argentina jĂ¡ aparece como destino para o qual mais o PIM vendeu. Pois, atĂ© o mĂªs passado, os hermanos jĂ¡ haviam comprado US$ 48.900.130,00 (R$ 239,6 milhões).

Fator Javier Milei 

EntĂ£o, Javier Milei, eleito ontem, o que pode representar para o Amazonas?

Neste momento, Milei deve ser um ponto de preocupaĂ§Ă£o. É que durante sua campanha eleitoral ele prometeu cortar as relações comerciais da Argentina com os paĂ­ses que considera comunistas.

Isso inclui o Brasil, de Lula, a quem chamou de “ladrĂ£o”, “comunista furioso” e “ex-presidiĂ¡rio”. Ele Ă© amigo de Bolsonaro, que tentou acabar com o modelo.

Mais Ă  frente, caso leve a cabo o verbo, Milei poderĂ¡ ser um problema para Zona Franca de Manaus.

AliĂ¡s, a Argentina tambĂ©m tem uma zona franca, que agora jĂ¡ fabrica produtos que antes comprava do PIM como concentrados e eletroeletrĂ´nicos, por exemplo.

Essa zona aduaneira Ă© onde fica um parque industrial que tambĂ©m funciona com incentivos fiscais. No passadao, jĂ¡ foi parceira da Suframa. Agora, nĂ£o mais. E, pelo jeito, pode ser um problema para o PIM.

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