UrĂ¢nio do Amazonas: senador suspeita de favorecimento Ă China
PlĂnio ValĂ©rio aponta conluio do MPF e ongs no negĂ³cio e que atuaĂ§Ă£o no potĂ¡ssio de Autazes Ă© diferente

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 28/11/2024 Ă s 20:21 | Atualizado em: 28/11/2024 Ă s 21:06
O senador PlĂnio ValĂ©rio, (PSDB-AM) criticou, em pronunciamento no plenĂ¡rio do Senado no dia 27 de novembro, a venda de 100% da maior reserva de urĂ¢nio do Amazonas e do Brasil, no municĂpio de Presidente Figueiredo, para a empresa China Nonferrous Trade (CNT), do governo chinĂªs.
A empresa MineraĂ§Ă£o Taboca, controlada por grupo empresarial do Peru, explora urĂ¢nio e outros minĂ©rios na mina no Amazonas desde 1979, como cassiterita, niĂ³bio, tĂ¢ntalo e estanho.
Toda essa riqueza mineral foi vendida para o governo da China por apenas US$ 340 milhões (na moeda do dia 27 de novembro, cerca de R$ 2 bilhões).
Conforme afirmou o senador, a aquisiĂ§Ă£o da reserva, com potencial estratĂ©gico para a indĂºstria bĂ©lica e usinas nucleares, ocorreu sem impedimentos.
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Dessa forma, ValĂ©rio levantou suspeitas de favorecimento ao governo chinĂªs.
“Estamos lĂ¡ impedidos, com cadeados ambientais que nos escravizam e que nos prendem, porque sempre esbarramos nas ongs. Sempre esbarramos na ministra Marina Silva, a serviço das ongs, e, de repente, os chineses compram a maior mina de urĂ¢nio do Brasil”.
Para o senador, os bloqueios impostos Ă exploraĂ§Ă£o de recursos naturais na AmazĂ´nia pelo Brasil nĂ£o existiram nessa negociaĂ§Ă£o.
“Enquanto brasileiros enfrentam restrições, empresas chinesas tĂªm liberdade para explorar reservas minerais no paĂs”.
Valério complementou:
“VĂ£o beneficiar urĂ¢nio no Amazonas, perto de Manaus, no municĂpio de Presidente Figueiredo, que vive do turismo, que vive das suas 160 e poucas cachoeiras, e ninguĂ©m fala nada. Por quĂª? O que hĂ¡ aĂ? Um compromisso? Um conluio? Uma perseguiĂ§Ă£o Ă quilo que a gente pode ou nĂ£o pode fazer?”.
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Caso potĂ¡ssio de Autazes
O senador enfatizou que a exploraĂ§Ă£o de potĂ¡ssio e gĂ¡s natural no municĂpio de Autazes, no Amazonas, estĂ¡ paralisada por decisĂ£o do MinistĂ©rio PĂºblico Federal (MPF), que, segundo ele, atende a pressões de organizações nĂ£o governamentais, as ongs.Â
Conforme ValĂ©rio, a exploraĂ§Ă£o do minĂ©rio poderia reduzir a dependĂªncia brasileira de importações da UcrĂ¢nia e do CanadĂ¡.
Para ele, essas restrições prejudicam o desenvolvimento do paĂs e favorecem interesses estrangeiros.
“Hoje, 63% da populaĂ§Ă£o vive abaixo da linha de pobreza, nĂ£o tem R$ 11 por dia para se autossustentar. E nĂ³s nĂ£o podemos explorar nada, nĂ³s nĂ£o podemos viver de nada, dos bens naturais que Deus nos concedeu? O homem pensa que Ă© dele. Esses bens naturais sĂ£o nossos, dados pelo poder divino, mas a gente nĂ£o pode, porque hĂ¡ esse conluio que nĂ³s mostramos na CPI das ongs. Eles nĂ£o nos deixam evoluir”.
Com informações da AgĂªncia Senado
Foto: Jefferson Rudy/AgĂªncia Senado