Servidor público só liberava caixões em Manaus com propina de até 20%

Como resultado, na manhã de hoje, a operação Máfia dos Caixões cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em endereços de "Mauro", incluindo sua residência

MP-AM

Publicado em: 03/11/2020 às 19:46 | Atualizado em: 03/11/2020 às 19:46

A Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor), da Polícia Civil do Amazonas, descobriu que o servidor público da Prefeitura de Manaus Maronilson Barros Monteiro, conhecido como “Mauro”, era o líder da “máfia dos caixões”.

Esse foi o nome dado à operação realizada nesta terça (3), na capital. Maronilson, que operava criminosamente como “Mauro”, segundo a polícia, era diretor financeiro de secretaria da prefeitura. E cobrava propina em faturas no fornecimento de urnas funerárias compradas pelo município.

“Mauro” cobrava essa propina de empresários, que o denunciaram ao Ministério Público. Um deles contou que não entregava caixões há mais de três meses porque foi proibido pelo diretor. Conforme a denúncia, o dinheiro da venda só sairia mediante o pagamento da propina.

De acordo com o delegado, a taxa variava de 10 a 20% do valor total da fatura.

Como resultado, na manhã de hoje, a operação Máfia dos Caixões cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em endereços de “Mauro”, incluindo sua residência.

Leia mais

TV aponta que vice-governador do AM tratava de propina em escritório

 

 

Foto: Chico Batata/Exclusivo para BNC Amazonas