Senado resiste à proposta de aumentar deputados federais

A proposta que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais, aprovada pela Câmara, enfrenta resistência no Senado, onde parlamentares questionam o impacto financeiro da medida e a ausência de consenso sobre a redistribuição das cadeiras entre os estados.

A proposta visa ampliar a representação de estados que tiveram crescimento populacional, como Amazonas, Pará, Santa Catarina, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Paraná, Ceará, Goiás e Minas Gerais, conforme dados do Censo de 2022.

No entanto, a medida não prevê a redução de cadeiras para estados que perderam população, o que gerou críticas sobre a equidade da redistribuição.

No Senado, líderes partidários demonstram cautela em relação à proposta. A principal preocupação é o aumento de despesas públicas, estimado em mais de R$ 60 milhões anuais, em um momento de restrições orçamentárias.

Além disso, há questionamentos sobre a legitimidade de uma mudança que beneficia apenas alguns estados sem considerar uma revisão mais ampla da representação parlamentar.

A proposta ainda precisa ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado antes de seguir para votação em plenário.

Diante das resistências, é incerto se a medida avançará na Casa.

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Senadores defendem uma discussão mais aprofundada sobre a representatividade no Congresso Nacional, considerando tanto a população quanto outros critérios, como a extensão territorial e as especificidades regionais.

Enquanto isso, a proposta continua gerando debates sobre a necessidade de reformar o sistema político brasileiro para garantir uma representação mais justa e equilibrada de todos os estados no Parlamento.

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado