Samel, em 20 dias, foi de 12 a 74 internados e atendeu mil em um dia
Presidente Beto Nicolau manifestou preocupação com colapso das vagas nos hospitais públicos e particulares do Amazonas

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 29/12/2020 às 21:11 | Atualizado em: 29/12/2020 às 21:11
O presidente do grupo de saúde Samel, Luís Alberto Nicolau, revelou hoje (29), com preocupação, números registrados na rede de hospitais particular. A empresa desenvolveu o melhor protocolo de tratamento do coronavírus (covid-19) no pico da primeira onda da doença no Amazonas.
Conforme o dirigente, há 20 dias havia apenas 12 pacientes internados. Porém, uma semana depois saltou para 43 e hoje são 74 pessoas que tentam se recuperar da doença.
Segundo ele, em uma semana, 116 foram internadas, dos quais 82 receberam alta curados. Houve nesse período, 3 óbitos, que foram lamentados pela empresa.
Além disso, a corroborar a preocupação de Beto Nicolau estão os números de atendimentos nos pronto-socorros da Samel. Em apenas um dia desta semana, mais de mil pessoas procuraram ajuda médica, um recorde na empresa.
Diante disso, a Samel reafirma que hoje o Amazonas, principalmente a capital, vive a segunda onda da doença. E ratifica que imunidade de rebanho pregada por alguns especialistas da saúde não existe.
Para fins de comparação da letalidade deste momento da doença, o executivo disse que após a primeira onda, de abril a junho, a Samel passou até uma semana sem nenhuma internação pelo coronavírus.
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Preocupação com próximos dias
Como resultado desse cenário, que se desenha pior nos próximos dias, boa parte dos hospitais particulares de Manaus já anunciou colapso de vagas. E a rede pública, com o hospital Delphina Aziz como referência, já caminha para 100% de ocupação dos leitos para coronavírus.
Para tentar fazer frente a esse crescimento acelerado de novos contaminados, portanto, o Governo do Estado amplia o número de leitos e acrescenta mais unidades à rede.
Por isso, Beto Nicolau recomenda que a população busque a todo custo se prevenir da contaminação, principalmente para não correr o risco de não ter socorro do atendimento colapsado.
Enquanto o Brasil não tem ainda uma vacina, o empresário orienta que o resta é tomar todas as medidas de prevenção, “principalmente com as festas de fim de ano”.
De acordo com ele, o sistema de saúde do Amazonas hoje já não consegue atender uma demanda maior de doentes.
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Orientação para prevenir
Assim sendo, recomenda isolamento em família para que ninguém precise de atendimento do sistema colapsado. E diante da suspeita do coronavírus, nos primeiros sintomas, a pessoa socorro médico imediato.
“Fazer uso de ventilação não invasiva e jamais a intubação precoce, que pode ter sido o grande erro da história da medicina”, afirmou.
Em conclusão, o empresário lamentou que o prefeito Arthur Neto não tenha mantido o hospital de campanha que funcionou no primeiro pico da doença. Conforme ele, isso evitaria o caos vivido hoje.
Foto: Reprodução/vídeo