PR não aprova Previdência se houver corte de direitos dos professores

Publicado em: 24/04/2019 às 14:03 | Atualizado em: 24/04/2019 às 14:03
O deputado federal Marcelo Ramos disse que o Partido da República (PR) fechou questão em relação à reforma da Previdência.
Segundo Marcelo, o PR só aprova as propostas da equipe econômica de Jair Bolsonaro se houver recuo em relação às mudanças nas regras de aposentadorias dos professores.
“O atual regime de aposentadoria dos professores não configura privilégio. Eles têm uma carga de trabalho muito pesada, estressante, com grande desgaste psicológico. É preciso valorizar os servidores”, disse o parlamentar, que é vice-líder do PR na Câmara.
Ontem, a aprovação da reforma na Comissão da Constituição e Justiça (CCJ) foi apenas quanto a sua constitucionalidade. A próxima etapa da tramitação da proposta será na Comissão Especial, a ser instalada nesta semana, onde será discutido o seu mérito, instância na qual Ramos acredita que serão feitas novas mudanças na proposta original.
Sem prejuízo
Marcelo tem dito que reconhece a necessidade de uma reforma da Previdência para equilibrar as contas públicas e diminuir o déficit fiscal, mas que entende que essa reforma não pode prejudicar as pessoas mais humildes.
“Assim tenho agido para fazer os ajustes na proposta do governo, nos itens que atingem mais duramente os mais pobres. Como a manutenção da multa de 40% do FGTS dos aposentados que voltam a trabalhar, e a iniciativa do Legislativo para propor projetos que alterem regras previdenciárias, quando a proposta original dava iniciativa privativa ao Presidente da República”, lembrou.
Agora, na Comissão Especial, o deputado Marcelo Ramos disse que vai atuar para manter diretos previdenciários de trabalhadores rurais, idosos, deficientes de baixa renda e professores, bem como para evitar a aplicação imediata das regras nos Regimes Próprios de Estados e Municípios.
*Com foto e informações da assessoria de imprensa.