Políticos comemoram decisão de Barroso sobre passaporte vacinal

A decisão do ministro do STF contraria o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que havia se posicionado contra a exigência de comprovante

politicos, barroso, passaporte, vacinal

Publicado em: 11/12/2021 às 20:36 | Atualizado em: 11/12/2021 às 20:36

Políticos adversários do governo, parlamentares e pré-candidatos à presidência da República comemoraram a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). A decisão, neste sábado (11), foi sobre a obrigatoriedade de passaporte da vacina aos estrangeiros que ingressarem no país.

Com a decisão do ministro, que respondeu uma ação feita pelo partido Rede, estrangeiros só poderão entrar no país com o comprovante de vacinação com algum dos imunizantes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

A decisão de Barroso (foto) contraria o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que havia se posicionado contra a exigência de comprovante de vacinação para estrangeiros que ingressassem no país.

A postura de Bolsonaro vai na contramão de recomendação da Anvisa.

Pelo Twitter, o vice-presidente da CPI da covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), comemorou o resultado e afirmou que a decisão homenageia as “mais de 616 mil vidas perdidas” em decorrência de complicações causados pelo novo coronavírus. 

A decisão também foi elogiada pelo governador de São Paulo e pré-candidato à presidência pelo PSDB, João Dória.

“Parabéns ao ministro (…). Temos que proteger os brasileiros. Decisão acertada”, afirmou. 

Por meio de vídeo publicado nas redes sociais, Sérgio Moro, ex-ministro e pré-candidato à presidência pelo Podemos, classificou a exigência feita por Barroso como “correta” e disse que é necessário reciprocidade com relação às medidas sanitárias impostas por outros países.

Leia mais

Pelas redes sociais, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire (PE), afirmou que “Barroso mostra ao presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) que o Brasil não é terra de ninguém” e “nem quintal de miliciano”.

Posição do governo 

Na última terça-feira (07), o governo do presidente Jair Bolsonaro anunciou que iria impor quarentena de cinco dias e teste RT-PCR a viajantes não vacinados que quisessem entrar no Brasil. Já o comprovante de vacinação não seria exigido dos viajantes.

Leia mais no UOL

Foto: Antônio Augusto/Secom/TSE