Governo perde guerra para fake news e cancela mudanças no pix
MP assegura gratuidade e proĂbe diferenciaĂ§Ă£o de preços em pagamentos.

Publicado em: 15/01/2025 Ă s 19:23 | Atualizado em: 15/01/2025 Ă s 19:24
O governo federal, por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a revogaĂ§Ă£o das normas que ampliavam a fiscalizaĂ§Ă£o sobre transações financeiras realizadas via pix.
A decisĂ£o veio apĂ³s uma onda de fake news que sugeria, erroneamente, a taxaĂ§Ă£o desse meio de pagamento, gerando confusĂ£o e desinformaĂ§Ă£o entre os usuĂ¡rios.
Segundo Haddad, nunca houve intenĂ§Ă£o de tributar o pix, e o presidente Luiz InĂ¡cio Lula da Silva deve assinar uma Medida ProvisĂ³ria (MP) para formalizar a gratuidade e reforçar a segurança do sistema.
A MP tambĂ©m proibirĂ¡ a prĂ¡tica de diferenciaĂ§Ă£o de preços em pagamentos via pix e dinheiro, medida que visa proteger os consumidores de cobranças adicionais indevidas.
Haddad classificou como criminosas as campanhas que desacreditam instrumentos pĂºblicos como o pix e anunciou que a Advocacia-Geral da UniĂ£o (AGU) e a PolĂcia Federal (PF) serĂ£o acionadas para investigar a disseminaĂ§Ă£o de notĂcias falsas e golpes relacionados ao sistema.
A atualizaĂ§Ă£o normativa anterior, que incluĂa o pix nas regras de monitoramento de transações financeiras acima de R$ 5 mil para pessoas fĂsicas e R$ 15 mil para empresas, foi considerada necessĂ¡ria pela Receita Federal para prevenir fraudes e sonegações.
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Contudo, sua interpretaĂ§Ă£o distorcida gerou um impacto negativo, levando o governo a recuar. Agora, voltam a vigorar os limites anteriores de R$ 2 mil para pessoas fĂsicas e R$ 6 mil para empresas.
Haddad reforçou que a decisĂ£o de revogar a norma busca nĂ£o apenas preservar o pix como ferramenta gratuita e eficiente, mas tambĂ©m evitar que narrativas falsas prejudiquem a credibilidade do sistema financeiro brasileiro.
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Foto: Marcello Casal Jr/AgĂªncia Brasil/Arquivo