Moraes dĂ¡ 10 dias para PF ouvir Bolsonaro por vazar investigaĂ§Ă£o
Segundo o inquĂ©rito, um hacker teve acesso ao cĂ³digo-fonte das urnas, mas sem nenhuma consequĂªncia, porque isso nĂ£o possibilita nenhuma alteraĂ§Ă£o da votaĂ§Ă£o

Publicado em: 18/01/2022 Ă s 14:31 | Atualizado em: 18/01/2022 Ă s 17:28
A PolĂcia Federal (PF) tem atĂ© o dia 28 de janeiro para tomar o depoimento do presidente Jair Bolsonaro sobre o vazamento de documentos sigilosos.
O prazo foi estabelecido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federa (STF), que Ă© relator de um inquĂ©rito que apura a divulgaĂ§Ă£o de informações sigilosas de uma investigaĂ§Ă£o sobre um ataque ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A informaĂ§Ă£o foi inicialmente publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” e, em seguida, confirmada pela TV Globo.
Em agosto do ano passado, Bolsonaro divulgou em redes sociais o link com a Ăntegra de um inquĂ©rito sigiloso da PF que apura um ataque ao sistema interno do TSE, em 2018.
Leia mais
Problema Ă© de Bolsonaro se der aumento a policiais, diz Congresso
Segundo o inquĂ©rito, um hacker teve acesso ao cĂ³digo-fonte das urnas, mas sem nenhuma consequĂªncia, porque isso nĂ£o possibilita nenhuma alteraĂ§Ă£o da votaĂ§Ă£o.
O inquĂ©rito cujo conteĂºdo foi divulgado pelo presidente ainda nĂ£o foi concluĂdo pela PF. Por lei, o servidor pĂºblico tem obrigaĂ§Ă£o de proteger informações sigilosas.
Bolsonaro foi intimado a prestar depoimento presencial. Essa deve ser uma das Ăºltimas etapas da investigaĂ§Ă£o.
A PF jĂ¡ ouviu o deputado Filipe Barros (PSL-PR), que teve acesso ao material e participou da live com Bolsonaro. TambĂ©m jĂ¡ foi ouvido o delegado que cuidava da apuraĂ§Ă£o sobre o ataque ao TSE.
Live
As informações da apuraĂ§Ă£o foram distorcidas por Bolsonaro e o deputado, e tratadas como definitivas, mesmo sem a conclusĂ£o do inquĂ©rito pela polĂcia.
Em seguida, Jair Bolsonaro publicou em rede social a Ăntegra do inquĂ©rito, que atĂ© entĂ£o estava em sigilo. Horas depois da transmissĂ£o, o TSE divulgou resposta para esclarecer que o acesso indevido aos sistemas da corte nĂ£o representou qualquer risco Ă integridade das eleições de 2018.
Isso porque, explicou o tribunal, o cĂ³digo-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteraĂ§Ă£o ou manipulaĂ§Ă£o e que nada de anormal ocorreu.
Leia mais no g1
Foto: JosĂ© Cruz/AgĂªncia Brasil