Ministro demitido por Bolsonaro no AM cresce o olho para o cargo de Mandetta
Em sua intensa defesa sobre o fim da quarentena na crise do coronavírus no Brasil, Osmar Terra usou até o vídeo de um médico de Manaus

Israel Conte, da redação
Publicado em: 05/04/2020 às 09:08 | Atualizado em: 05/04/2020 às 10:07
O ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra, aquele demitido em pleno Encontro das Águas pelo presidente Jair Bolsonaro, “cresce o olho” para o cargo de ministro da Saúde.
Médico, assim como Luiz Henrique Mandetta, atual titular da pasta, Osmar Terra tem o pensamento mais alinhado com Bolsonaro em relação à crise do coronavírus.
Por exemplo, é a favor de flexibilizar o isolamento social, ideia combatida por Mandetta bem como pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A fim de reforçar a tese, Osmar usou até um vídeo de um médico de Manaus.
O ex-ministro também é um entusiasta do uso da cloroquina, mesmo que a ciência não tenha comprovado resultados eficazes do medicamento contra o coronavírus.
Leia mais
Luiz Henrique Mandetta é o novo superministro do Brasil
Tuítadas
No Twitter, o que mais o ex-ministro tem feito é defender o fim da quarentena.
Neste domingo, publicou um vídeo afirmando que “a ideia de fazer quarentena para reduzir a velocidade e ‘achatar’ a curva de aumento de casos, não funcionou em nenhum país do mundo nesta epidemia”.
Ontem, postou um gráfico sobre o contágio na Itália, afirmando que a quarentena aumenta os casos do coronavírus. “Isso pq o contágio se transfere da rua para dentro de casa e fica mais fácil”.
Em 30 de março, Osmar Terra repostou um vídeo do médico de Manaus, Marcelo Lima, afirmando que a “quarentena indiscriminada faz a mortalidade explodir!”
E até já chamou a atenção dos governadores sobre os impactos da pandemia na economia do Brasil.
Cloroquina
De acordo com informações da revista Veja, Osmar Terra participou de uma reunião sobre coronavírus com Bolsonaro no Palácio do Planalto, sem a presença de Mandetta.
Entre os participantes, estavam médicos do Hospital do Coração, do Hospital das Clínicas e do Albert Einstein, a saber, todos de São Paulo.
Conforme a Veja, só Bolsonaro e Osmar Terra defenderam o fim da quarentena e se entusiasmaram com a cloroquina, cuja eficácia no combate ao vírus ainda é alvo de estudos científicos.
*Com informações da revista Veja