Ministra supervisiona PGR sobre críticas de Bolsonaro às urnas 

Rosa Weber tem uma aĂ§Ă£o movida por parlamentares da oposiĂ§Ă£o, que pede essa investigaĂ§Ă£o

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Publicado em: 08/09/2022 Ă s 19:47 | Atualizado em: 08/09/2022 Ă s 19:47

A ministra Rosa Weber decidiu, nesta quinta-feira (8), que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai supervisionar o andamento de um pedido para que a Procuradoria-Geral da RepĂºblica (PGR) investigue o presidente Jair Bolsonaro em razĂ£o dos ataques sem provas Ă s urnas durante encontro com embaixadores. 

De acordo com o G1, Rosa Weber Ă© relatora de uma aĂ§Ă£o de parlamentares da oposiĂ§Ă£o que pede a investigaĂ§Ă£o de Bolsonaro por uma sĂ©rie de crimes, entre os quais os de aboliĂ§Ă£o violenta do Estado DemocrĂ¡tico de Direito, incitaĂ§Ă£o de animosidade das Forças Armadas contra os poderes constitucionais e crime de responsabilidade. 

A ministra determinou que a PGR encerre uma apuraĂ§Ă£o que tinha aberto por iniciativa prĂ³pria sobre o caso.

Ao STF, a procuradoria afirmou que era cedo para abrir um inquérito para avaliar a conduta do presidente. 

Agora, Weber determinou que a investigaĂ§Ă£o seja conduzida com a supervisĂ£o do STF.

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Quando pediu o arquivamento, a vice-procuradora-geral, LindĂ´ra AraĂºjo, alegou que “a instauraĂ§Ă£o de inquĂ©rito policial exige, por vezes, uma perscrutaĂ§Ă£o prĂ©via e simplificada, denominada de verificaĂ§Ă£o de procedĂªncia de informações […] a fim de evitar a abertura formal e precipitada de investigaĂ§Ă£o criminal, com sĂ©rios prejuĂ­zos ao investigado”. 

Em relaĂ§Ă£o ao pedido da PGR para Bolsonaro ser ouvido, a ministra afirmou que a “diligĂªncia preparatĂ³ria Ă  formal instauraĂ§Ă£o de inquĂ©rito atende, a um sĂ³ tempo, ao interesse social de apuraĂ§Ă£o de fatos potencialmente criminosos, bem assim Ă s liberdades individuais do noticiado, evitando o constrangimento de eventual submissĂ£o a procedimento investigatĂ³rio sem suporte mĂ­nimo de corroboraĂ§Ă£o”. 

Foto: Valter Campanato/AgĂªncia Brasil