Justiça livra Lula de mais uma ação penal, a do investimento em Angola

Lula e dois de seus ministros eram acusados de receber R$ 64 milhões supostamente destinados ao PT pela Odebrecht para favorecer agendas do grupo

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Publicado em: 06/09/2021 às 18:54 | Atualizado em: 06/09/2021 às 18:54

A Justiça Federal do Distrito Federal trancou a ação penal em que o ex-presidente Lula era acusado de corrupção por supostamente ter recebido vantagens indevidas para influenciar no aumento de uma linha de crédito da Odebrecht junto ao BNDES para investimentos em Angola. 

Na decisão, publicada nesta segunda-feira 6, o juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 10ª Vara da Justiça Federal do DF, determinou o trancamento da ação para o petista e todos os envolvidos, entre eles os ex-ministros Paulo Bernardo e Antônio Palocci.

A investigação, iniciada em 2016, era um desmembramento da Lava Jato e foi batizada de Janus II. A publicação é da Carta Capital.

Conforme a publicação, o magistrado acolheu a manifestação da defesa de Lula, feita pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Zanin Martins, de que o caso era baseado em elementos proveniente da Lava Jato de Curitiba que já foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal com a suspeição do ex-juiz Sergio Moro.

A defesa de Lula também argumentou que o processo era baseado na ação do chamado “quadrilhão do PT”, ação na qual Lula já foi absolvido pela Justiça do DF.

R$ 64 milhões 

No caso, Lula e os ministros eram acusados de receber R$ 64 milhões supostamente destinados ao PT pela Odebrecht para favorecer agendas do grupo, em especial o aumento da linha de crédito no BNDES. 

Com o trancamento da ação, Lula, que já chegou a responder a 17 processos no âmbito da Operação Lava Jato, agora tem apenas uma ação aberta contra ele, que investiga a compra de caças suecos. A defesa do ex-presidente também já solicitou o arquivamento da ação, que segue em análise.

Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas