Jurista do impeachment de Dilma pede o de Bolsonaro com base na CPI da covid
A exemplo de Rodrigo Maia (sem partido-RJ), que deixou o posto em janeiro deste ano, Arthur Lira (PP-AL) colocará na gaveta

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 07/12/2021 às 20:23 | Atualizado em: 07/12/2021 às 20:27
O jurista do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, pedirá amanhã (8) o do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Como resultado, a petição tem como base os crimes que CPI da covid apontou, que encerrou os trabalhos em outubro deste ano.
Conforme divulgou o “Notícias ao Minuto”, entre as hipóteses que devem ser citadas estão o desrespeito ao valor da vida e da saúde.
Bem como a falta de decoro praticados por Jair Bolsonaro ao longo da pandemia de covid-19.
Ao mesmo tempo, estão na mira a propagação da ideia de imunização de rebanho e a campanha contrária a medidas para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
Por exemplo, a contenção de aglomerações, a adoção do uso de máscaras e a adesão à vacina.
“Eu não posso pautar as minhas ações pelas reações eventuais do presidente da Câmara”, afirma Reale sobre o aceite do pedido na Casa.
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Aliado pode engavetar
Aliado de Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é a figura a quem cabe fazer uma primeira análise dos pedidos de impeachment.
Lira poderá aceitar ou rejeitar esses pedidos contra o presidente da República.
No entanto, a exemplo de Rodrigo Maia (sem partido-RJ), que deixou o posto em janeiro deste ano, Lira não opta por nenhum dos dois caminhos.
Ou seja, mas por um terceiro: os pedidos seguem indefinidamente em análise, ou seja, na gaveta.
“Em face do que foi constatado pela CPI, não era possível não formular o pedido. Cada um compõe a sua história. Nós compomos a nossa agindo de acordo com a nossa consciência. O [Arthur] Lira comporá a história dele agindo ou se omitindo”, afirma Miguel Reale Júnior.
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Cumprir obrigação
“Da mesma forma como não se sabia se teria potencial ou não [o pedido de impeachment] da Dilma, não se sabe [o que ocorrerá com o pedido contra Bolsonaro]. Mas nós não estamos preocupados com ter ou não ter [potencial], mas em cumprir com nossa obrigação”.
Em suma, o pedido de impeachment de Bolsonaro é oriundo de parecer que um grupo coordenado pelo jurista Reale Junior, ainda durante os trabalhos da CPI da covid no Senado.
A entrega do pedido à Câmara deve contar com a presença dos senadores Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Simone Tebet (MDB-MS), que integraram a CPI da covid.
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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil