Governo Lula aposta no CBA para desenvolver negócios na Amazônia

O governo afirma que o foco do Centro é a inovação e a transformação ecológica

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Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 03/01/2024 às 15:36 | Atualizado em: 03/01/2024 às 15:55

No balanço do primeiro ano do governo do presidente Lula da Silva (PT), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDCI) destacou a restruturação do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) como uma importante conquista.

Antes vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Surama), o órgão passou a ser gerido por uma organização social.

De acordo com o MDCI, a mudança deu mais autonomia para o CBA para captar recursos públicos e privados, “ampliando seu orçamento para desenvolver novos negócios com recursos naturais da Amazônia”.

“A mudança tem grande potencial de alavancar o desenvolvimento local e regional, com reflexos também na economia nacional”, diz nota da pasta.

O governo afirma que o foco do Centro é a inovação e a transformação ecológica.

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Na área da inovação, o MDCI lembrou que, este ano, lançou-se o maior programa de inovação para a indústria que o Brasil já teve.

“O Mais Inovação Brasil oferecerá R$ 60 bilhões até 2026 para financiar projetos de inovação, digitalização e desenvolvimento tecnológico voltados ao setor produtivo”, diz a pasta.

O programa tem financiamento do BNDES e da Finep. Serão R$ 20 bilhões não-reembolsáveis e R$ 40 bilhões com condições de crédito diferenciadas, com taxas de juros a partir de TR + 2%. Desse total, já estão na rua editais que somam R$ 3,2 bilhões.

Outra ação na área é a Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto), cuja meta é alcançar R$ 180 bilhões em investimentos públicos e privados até 2032 para empreendimentos que têm como foco a solução de problemas sociais e ambientais.

“A economia de impacto é aquela que, além de gerar lucro, resolve problemas sociais e ambientais. O objetivo é atuar, por exemplo, no reflorestamento de áreas degradadas, produzir biodiesel através, por exemplo, do óleo de cozinha, resolvendo também problemas ambientais e gerando renda para as comunidades locais”, destaca-se.

A pasta também elaborou os programas Selo Verde Brasil e Selo Amazônia para a certificação de produtos e serviços brasileiros que cumpram requisitos socioambientais em toda sua cadeia.

O objetivo é ampliar o acesso desses produtos a mercados internacionais e, no caso do selo regional, valorizar a bioeconomia local. Os programas estão em consulta pública e devem ser concluídos em 2024.

Com informações do MCDI.

Foto: divulgação