Governo recorre da decisĂ£o judicial que suspende implantaĂ§Ă£o de 400 leitos
Segundo o governo, unidade de saĂºde Ă© urgente e essencial para ampliar o atendimento a pacientes com o novo coronavĂrus

Publicado em: 16/04/2020 Ă s 11:33 | Atualizado em: 16/04/2020 Ă s 11:48
O Governo do Amazonas vai recorrer da decisĂ£o judicial que suspendeu a implantaĂ§Ă£o de 400 leitos no Hospital da Nilton Lins.
Conforme o estado, a liminar do juiz Cezar Luiz Bandiera Ă© incabĂvel pela tentativa de paralisar o andamento da unidade de retaguarda.
A estrutura, segundo o governo, Ă© urgente e essencial para ampliar o atendimento a pacientes com o novo coronavĂrus (covid-19).
AĂ§Ă£o popular
O juiz Bandiera, da 5ª Vara da Fazenda PĂºblica, concordou com aĂ§Ă£o popular, que sustenta ‘’elevado valor do contrato’’: R$ 2,6 milhões por trĂªs meses, ou R$ 866 mil por mĂªs.
O Hospital Nilton Lins Ă© um prĂ©dio projetado para ser hospital, com capacidade para abrigar 400 leitos, clĂnicos e de UTI, onde funcionou o hospital da Unimed, com todos sistemas, por exemplo, de gases instalados e funcionando.
A decisĂ£o do juiz, que vai tambĂ©m contra manifestações do STF no sentido de apoiar decisões de governadores e prefeitos no enfrentamento Ă pandemia, coloca vidas em risco.
Ao aceitar a aĂ§Ă£o popular, assinada por Eduardo Humberto Deneriaz Bessa, o juiz Bandiera sustenta que o Estado deveria usar o valor do aluguel para abrir mais leitos no Hospital Delphina Aziz, unidade referĂªncia no combate ao coronavĂrus, que deveria investir na Beneficente Portuguesa ou nos hospitais particulares.
Mas a beneficente portuguesa demonstrou incapacidade técnica, conforme revela documento a que o BNC AMAZONAS teve acesso ontem.
Trabalhos mantidos
O Governo informa, no entanto, que mantĂ©m os trabalhos para a implantaĂ§Ă£o da unidade, tendo em vista que ainda nĂ£o foi intimado para cumprimento da decisĂ£o.
De acordo com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a liminar foi concedida ferindo o processo legal, sem parecer do MinistĂ©rio PĂºblico do Estado e sem que o Governo fosse notificado a prestar esclarecimentos.