Golpe na ciência, dizem entidades do corte de 90% da verba a pesquisas

Isso impede iniciativas de pesquisa, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Golpe na ciência, dizem entidades do corte de 90% da verba a pesquisas

Publicado em: 10/10/2021 às 10:23 | Atualizado em: 10/10/2021 às 10:58

O Congresso aprovou o remanejamento de mais de R$ 600 milhões que seriam usados para pesquisas. Ou seja, a proposta tira 90% dos recursos do setor. Com isso, entidades consideram como golpe na ciência.

Como resultado, os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) serão transferidos para outras áreas de sete ministérios. Como informa o G1.

Dessa maneira, prejudica o desenvolvimento do país e impede iniciativas de pesquisa, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Em nota ao presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br) afirmou que o ofício do Ministério da Economia “afronta a ciência nacional”.

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Entidades

“É um golpe duro na ciência e na inovação, que prejudica o desenvolvimento nacional”, disse a ICTP.br.

“Quando mais precisamos da ciência, a equipe econômica age contra a lei, com manobras que sugerem a intenção deliberada de prejudicar o desenvolvimento científico do Brasil”, disse a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) disse que não haverá dinheiro para pagar as bolsas de estudos dos pesquisadores.

“Na prática, é o desmonte total do CNPq e o sepultamento de projetos como o Edital Universal, o adeus à recomposição de programas dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, Pós-Doutorado Junior, Ciência na Escola, Reator Multipropósito brasileiro e a Rede Vírus (iniciativa com projetos que combatem viroses emergentes, como a covid-19)”, disse a ANPG.

Em suma, entre divulgadores científicos, a expectativa é que o corte de mais de 90% nos recursos de pesquisa tornará o futuro da ciência no Brasil ainda mais complicado.

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Foto: Leonardo Marques/Ascom/MCTI