Fieam celebra desempenho da ZFM e pede queda urgente da Selic

Presidente Antônio Silva destaca recordes do polo industrial, mas alerta que Selic de 15% afeta produção

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 13/08/2025 às 14:18 | Atualizado em: 13/08/2025 às 14:18

O polo Industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) demonstra um robusto desempenho, superando os níveis de produção pré-pandemia de covid-19 e registrando um faturamento recorde no primeiro semestre.

O presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, destacou nesta quarta-feira (13 de agosto) o desempenho do polo industrial de Manaus, destacando otimismo com os resultados alcançados.

No entanto, reitera a necessidade de um ambiente econômico mais favorável para sustentar o crescimento econômico do país. E um dos pontos de destaque ainda é a alta dos juros, com a taxa Selic em 15% ao ano.

Em vídeo, publicado nas redes sociais da Fieam, Silva afirma que a produção das empresas da ZFM superou os índices de pré-pandemia, atingindo 11,5% de crescimento em junho, conforme pesquisa do IBGE.

Ao mesmo tempo, o faturamento da indústria no primeiro semestre atingiu um recorde de R$ 110,8 bilhões, representando uma alta de 13% sobre igual período do ano passado.

O setor industrial também impulsionou o emprego, gerando mais de 131 mil trabalhadores diretos e terceirizados, o que representa uma alta de 6,8%.

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Segmentos

De acordo com Silva, esse desempenho positivo é atribuído à expansão da atividade dos três mais importantes segmentos do modelo de desenvolvimento instalado na ZFM: bens de informática, polo de duas rodas e eletroeletrônicos.

Um dos destaques é a produção de motocicletas, que alcançou a maior marca em 14 anos, com uma alta de 12,4% e a fabricação de mais de 1,1 milhão de motocicletas.

Cenário econômico

Apesar dos elevados juros, que inibem o consumo, o representante da indústria amazonense observa uma tendência de alta na atividade econômica.

Um exemplo é a taxa de desemprego no Brasil, que atingiu 5,8% no segundo trimestre de 2025, o menor nível da série histórica do IBGE desde 2012.

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Reivindicação

Desse modo, a principal reivindicação da Fieam é que o Banco Central reduza a alta taxa selic de 15%, com base nesses resultados da indústria amazonense e nacional.

Isso porque, na avaliação do presidente da Fieam, a manutenção de juros tão elevados afeta substancialmente a produção não somente do Amazonas, mas de toda a indústria nacional.

“Portanto, um corte na taxa Selic vai favorecer o contínuo desenvolvimento e expansão do polo industrial de Manaus”.

Foto: Reprodução/Vídeo