Fabricantes de bebidas chamam ZFM de ineficiente por empregos informais
A associação de fábricas de bebidas fora do Amazonas é declaradamente contrária aos incentivos fiscais concedidos na ZFM.

DA REDAÇÃO DO BNC AMAZONAS, EM BRASÍLIA
Publicado em: 25/03/2020 às 06:47 | Atualizado em: 25/03/2020 às 07:16
A Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras) trouxe, nessa terça-feira (24), levantamento do IBGE sobre empregos no país para fazer críticas ao modelo Zona Franca de Manaus (ZFM).
A entidade reúne fábricas de bebidas fora do estado do Amazonas e é declaradamente contrária aos incentivos fiscais concedidos na ZFM.
Contrariando informações positivas de políticos amazonenses, pesquisa do IBGE revelou que, apesar da leve redução do desemprego no país, trabalhos informais crescem no Amazonas.
“Mesmo com modelo econômico que concede incentivos fiscais em troca de geração de emprego e crescimento da economia no Estado, os números desmascaram a efetividade da Zona Franca de Manaus”, afirma a Afrebras.
O levantamento do IBGE aponta que o Amazonas tem 1.657 milhão de pessoas no montante da força de trabalho e, destes, 967 mil são informais.
Um dos supervisores do instituto no Amazonas, Adjalma Nogueira relata que o Estado possui muitos trabalhadores informais e isso ocorre pelo desemprego.
“O percentual de trabalhadores informais no Amazonas é bem acima da média nacional, e bem acima de alguns outros estados. Então, nós temos um quantitativo de trabalhadores na informalidade muito alto”, assegura o técnico do IBGE citado pela associação dos fabricantes de bebidas.
A Afrebras se diz preocupada e pede que o governo federal fiscalize a região (na foto, fábricas na área industrial de Manaus).
Fabricantes acusam
A entidade acusa as multinacionais de bebidas instaladas na Zona Franca de Manaus, como Coca-Coca, Ambev e Heineken, de não gerarem mão de obra para a população na mesma proporção dos benefícios que recebem.
“O modelo econômico da Zona Franca de Manaus chega a renunciar cerca de R$ 24 bilhões através de isenções fiscais. Criado em 1960 e oficializado em 1967 durante o governo militar, o Polo Industrial de Manaus deve favorecer a geração de emprego, preservação do meio ambiente e desenvolvimento regional”, diz a nota da Afrebras.
*Com informações da assessoria da Afrebras
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Foto: BNC Amazonas