Deputados do AM preveem mais derrota de Bolsonaro no voto impresso

Marcelo Ramos e Bosco Saraiva são os deputados que acreditam que a instituição do voto impresso e auditável no país será derrotada até no plenário da Câmara

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Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 06/08/2021 às 22:41 | Atualizado em: 06/08/2021 às 22:41

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL), vai propor que a PEC do voto impresso seja votada já na próxima terça-feira (10) no plenário da Casa.  

Por 23 a 11, deputados da comissão especial da Câmara rejeitaram a PEC que permite o retorno do voto impresso, mas o presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), resolveu votá-la no plenário. 

O “voto impresso e auditável” virou uma bandeira do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. 

Marcelo Ramos acredita que, em breve, a proposta será rejeitada e o sistema eletrônico de votação respaldado. 

“A decisão é perfeitamente amparada no Regimento da Interno da Câmara, mas quero fazer um apelo para que a matéria seja votada no plenário já na terça-feira da semana que vem, para que o povo brasileiro, pelos seus legítimos representantes deputados e deputadas, possa reafirma seu compromisso no sistema eletrônico de votação”, disse. 

Na avaliação dele, é preciso retirar essa pauta da frente na Câmara para que os deputados possam se concentrar no que importa ao país. 

“O que importa para o Brasil neste momento são temas legislativos que garantam vacina, emprego e comida na mesa dos brasileiros”, afirmou.

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Na mesma linha, o deputado Bosco Saraiva (Solidariedade), único da bancada que é membro da comissão especial, disse que a expectativa é que o plenário coloque um fim neste debate para discutir soluções, por exemplo, para o desemprego. 

“Esperamos que a votação no plenário ponha fim para a parte estéril desse debate e que possamos ingressar no debate sobre como resolver o desemprego que grassa no Brasil”, defendeu. 

Ambos, consideraram a decisão legal. “Temos que respeitar todas as decisões da mesa que estejam respaldadas pelo Regimento Interno, que é o caso”, disse.

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados