DecisĂ£o do governo de Cuba tira 292 mĂ©dicos do Amazonas

Publicado em: 15/11/2018 Ă s 10:02 | Atualizado em: 15/11/2018 Ă s 13:36
A decisĂ£o do governo de Cuba de sair do programa social Mais MĂ©dicos no Brasil vai tirar 292 profissionais do atendimento no Amazonas.
Os nĂºmeros sĂ£o do MinistĂ©rio da SaĂºde e foram divulgados pelo G1.
Cuba rejeitou as exigĂªncias do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) que condicionou Ă continuidade do programa a aplicaĂ§Ă£o de teste de capacidade, salĂ¡rio integral e a liberdade aos mĂ©dicos para trazerem suas famĂlias ao Brasil.
As declarações de Bolsonaro foram consideradas pelo governo cubano como “depreciativas e ameaçadoras”.
Impacto
Criado em 2013, o Mais MĂ©dicos tem por objetivo ampliar a assistĂªncia na AtenĂ§Ă£o BĂ¡sica em regiões com carĂªncia de profissionais.
No Amazonas, um estado de dimensões continentais, o programa social levou atendimento a Ă¡reas de desinteresse dos mĂ©dicos brasileiros tais como Santa Isabel do Rio Negro (a 781 km de capital) sem acesso por via terrestre, e o Distrito SanitĂ¡rio Especial IndĂgena (DSEI) Alto Rio Negro, com 40 mil Ăndios para atender, e que fica distante 200 km de SĂ£o Gabriel da Cachoeira, municĂpio onde se chega de aviĂ£o ou apĂ³s quatro dias de viagem de barco.
SugestĂ£o
Ao comentar sobre a decisĂ£o do governo cubano, o prefeito de Parintins, Bi Garcia (PSDB), disse que o paĂs, hoje, jĂ¡ possui mĂ£o de obra para substituir os profissionais cubanos.
A sugestĂ£o dele ao presidente da RepĂºblica eleito Jair Bolsonaro (PSL) Ă© que o governo federal repasse Ă s prefeituras o valor (R$ 11.500) que paga aos estrangeiros para que os municĂpios brasileiros contratem os mĂ©dicos daqui.
Foto: AntĂ´nio Cruz/AgĂªncia Brasil