Médico lembra mortes pela covid em Manaus após Pazuello afagar Bolsonaro
Pazuello defende Bolsonaro e é confrontado por médico que relembra mortes pela covid em Manaus.

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 21/07/2025 às 20:50 | Atualizado em: 21/07/2025 às 20:55
Ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) foi criticado nas redes sociais ao defender o ex-chefe das medidas cautelares como uso da tornozeleira eletrônica e a proibição de se comunicar com o deputado Eduardo Bolsonaro, o filho 03.
“É de cortar o coração. Ver um pai impedido de falar com seu filho. Isso ultrapassa qualquer limite. Bolsonaro se emociona, e com razão. Como pai, imagino a dor, a impotência, a injustiça”, escreveu Pazuello no X [antigo Twitter].
O médico Bruno Gino, que ficou conhecido depois de afirmar que Pablo Marçal fingiu lesão após ser atacado por José Luiz Datena com uma cadeira, respondeu ao general: “De cortar o coração foram as mais de 700 mil vidas perdidas durante a pandemia!”
“Vidas que se foram enquanto você, sem qualquer formação, era ministro e ajudava a sabotar medidas sanitárias, atrasava vacinas, promovia tratamento ineficaz e assistia Manaus morrer sem oxigênio!”, disse o médido, que é mestre pela Universidade de Ontário e especialista em Saúde Pública no Canadá.
“Com o presidente Bolsonaro no Congresso Nacional. Estamos com você, PR! É pelo Brasil, é pelo povo!”, voltou a se manifestar Pazzuelo nesta segunda-feira (21) após reunião dos parlamentares do PL com Bolsonaro.
Condenação
Ao contrário dos parlamentares do PL, os líderes do Centrão já tratam a situação jurídica de Bolsonaro como irreversível.
É dado como certo que o ex-presidente será condenado na ação penal do Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado.
Na leitura deles, o tarifaço de 50 % imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros, do qual Eduardo Bolsonaro, gaba-se de ter articulado, aprofundou ainda mais essa situação.
A decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes da última sexta-feira (18), quando determinou cautelares contra Bolsonaro foi considerada a pá de cal.
Leia mais
General Pazuello é tirado da lista de testemunhas de Bolsonaro
O ex-presidente, por exemplo, cancelou uma coletiva que daria nesta segunda-feira (21) depois de reunião com alguns parlamentes do PL na Câmara. Motivo: Moraes também proibiu o ex-presidente de dar entrevistas para ser “transmitidas por terceiros na rede social.”
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados