Centrão busca vantagem ao protelar votação da nova Previdência

Publicado em: 29/04/2019 às 16:51 | Atualizado em: 29/04/2019 às 16:51

Os partidos do Centrão (MDB, PR, PRB, PSD, Podemos, PTB, PPS, DEM, PSDB, PP e SD) estão dispostos a protelar a votação da reforma da Previdência, no plenário da Câmara, e levá-la para o segundo semestre, enquanto o governo trabalha para aprová-la no primeiro.

O motivo é barganhar e ganhar do governo o quanto puderem a começar pela retirada de alguns pontos da proposta.

Apesar do discurso oficial de otimismo com o calendário, conforme publicação no blog do Camarotti, avaliação realista feita dentro do governo é de que a proposta de reforma só será votada no início do segundo semestre.

As lideranças do Centrão já avisaram a interlocutores do Palácio do Planalto que não votam o texto antes do recesso parlamentar de julho.

Os partidos desse grupo bem articulado cobram também uma melhora significativa na relação com o Palácio do Planalto.

Por isso, a ordem é prolongar ao máximo o número de sessões para a tramitação da reforma da Previdência na comissão especial.

Pela regra, a votação pode ocorrer em até 40 sessões.

E esse não é o único impasse. O Centrão quer excluir já no início dos trabalhos da comissão especial as mudanças na aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A avaliação nessas legendas centristas é de que isso é um consenso e que pode ajudar na tramitação a exclusão desses pontos que sofrem resistência maior.

No entanto, segundo o blog, a equipe econômica do governo federal resiste.

Isso porque avalia que a retirada desses pontos, neste momento, não garante uma tramitação rápida. E que outros pontos de resistência poderiam surgir na sequência.

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Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados