Cartas e naipes políticos começaram a ser reembaralhados para 2018

Publicado em: 15/11/2017 Ă s 08:08 | Atualizado em: 15/11/2017 Ă s 08:08

Por Rosiene Carvalho, Da RedaĂ§Ă£o

 

Dois meses e meio apĂ³s a eleiĂ§Ă£o suplementar e a um ano das Eleições 2018, as cartas eleitorais começaram a ser reembaralhadas e os naipes que estavam em campos opostos podem  ser usados no jogo “adversĂ¡rio”.

Esta marca da polĂ­tica no Estado, que em geral leva dois anos para se revelar a cada pleito, começou a dar sinais “apressados” em funĂ§Ă£o da peculiaridade da EleiĂ§Ă£o Suplementar de 2017 que definiu vitoriosos e derrotados para um perĂ­odo mais curto porque em outubro do ano que vem os eleitores voltam novamente Ă s urnas.

Os sinais do reembaralhamento das cartas foram dados nos Ăºltimos sete dias por protagonistas do jogo e começou com ex-deputado estadual e vice-candidato a  governador na chapa de Eduardo Braga (PMDB), hĂ¡ dois meses, Marcelo Ramos (PR).

Em entrevista ao site Amazonas ATUAL, na semana passada, admitiu, pela primeira vez, que era Ă³bvio que a uniĂ£o dele com Braga nĂ£o tinha sido boa. Embora Ă³bvio, nenhum dos dois admitiu esse quadro que se desenhou claro jĂ¡ no final do segundo turno nem mesmo na entrevista que deram juntos ao final do pleito. Ao contrĂ¡rio, acenaram que a uniĂ£o poderia permanecer.

No sĂ¡bado, dia 11, foi a vez do presidente estadual do PSDB e chefe da Casa Civil municipal, Arthur Bisneto, disparar que estava claro que Amazonino Mendes (PDT) era candidato Ă  reeleiĂ§Ă£o e foi alĂ©m: disse que nĂ£o votou nele.

Antes disso, o pai de Bisneto, o prefeito de  Manaus Artur Neto (PSDB), jĂ¡ havia mandado torpedos ironizando que Amazonino tinha que ter foco na administraĂ§Ă£o e “lembrando” que ele havia prometido nĂ£o disputar a reeleiĂ§Ă£o, repassar recursos para a capital e cobrando um encontro com o governador, o que atĂ© hoje nĂ£o ocorreu.

Amazonino Mendes nĂ£o respondeu a Artur verbalmente, mas nesta terça-feira, dia 14, reuniu com os vereadores da base aliada de Artur: 21 deles estiveram com o  governador e saĂ­ram bem animados da conversa.

Por fim, e nĂ£o menos importante, o senador Eduardo Braga, em sua primeira entrevista apĂ³s a eleiĂ§Ă£o Ă  RĂ¡dio Tiradentes, evitou quaisquer crĂ­ticas e palavras mais duras a Amazonino Mendes, a quem  direcionava toneladas de cobranças atĂ© no dia da votaĂ§Ă£o em segundo turno.

Ao ser provocado mais diretamente a falar sobre o primeiro mĂªs do governo tampĂ£o do adversĂ¡rio que enfrentou nas urnas hĂ¡ dois meses, Braga disse: “É cedo para avaliar o Governo de Amazonino”, disse.

Os deputados do PMDB, Vicente Lopes e Wanderley Dallas, que disseram ter sofrido retaliações do partido ainda na campanha por estarem ausentes do palanque de Braga, atĂ© hoje nĂ£o sofreram qualquer incĂ´modo de procedimento interno por infidelidade partidĂ¡ria.

Apesar de estarem declaradamente na base de Amazonino: Dallas indicou o filho para a Setrab e Lopes Ă© vice-lĂ­der do Governo.

 

Fotos: BNC