Braga sangra, Negão se recolhe, Marcelo à espreita

Publicado em: 22/05/2017 às 05:41 | Atualizado em: 22/05/2017 às 05:41
Favoritos a governador do Estado, segundo as primeiras pesquisas publicadas à possível eleição suplementar para escolher o sucessor do governador José Melo (Pros), cassado pelo TSE no dia 4 de maio, o senador Eduardo Braga (PMDB), o ex-governador Amazonino Mendes (PDT) e o ex-deputado estadual Marcelo Ramos (PR) vivem condições adversas na largada.
Braga, líder da corrida nos estudos iniciais de intenção de votos, sangra com o farto noticiário das delações premiadas da JBS, que o acusa de ter recebido R$ 6 milhões de propina em troca de apoio à campanha de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e da Odebrecht, de R$ 1 milhão em propina enquanto era governador do Amazonas, na construção da ponte Rio Negro, realizada pela Camargo Corrêa.
O conteúdo na imprensa reafirma aspecto colhido pelo estudo eleitoral feito pela empresa #Pesquisa365, que encontrou um universo de 22,8% de eleitores que reconhece Braga entre os pré-candidatos como o mais corrupto.
Amazonino, por sua vez, que figurou como opção do grupo liderado pelo senador Omar Aziz (PSD), está recolhido e foi posto em stand by, interrompendo empolgação à hipótese de sua candidatura, que já estava até com jingle pronto para ser colocado na boca do povo.
O pé no freio ocorreu em decorrência da saúde do ex-governador, que ficou internado em Manaus e depois foi transferido para São Paulo para um procedimento médico. Ele esteve internado até semana passada.
O terceiro dos candidatos que aparece em condições eleitorais de chegar ao poder, segundo as pesquisas, o ex-deputado estadual Marcelo Ramos (PR), que andava irresignado com o fato de estar sendo posto em segundo plano, e até como opção de vice de Amazonino, agora está à espera do ajuste que seu grupo terá que tomar, caso o ex-governador fique fora da disputa.
Ainda surfando na memória do eleitor que votou nele no ano passado e também nas eleições de 2014, Marcelo, caso obtenha condição política, pode se tornar a dor de cabeça de Braga, já que as pesquisas o mostram com baixa rejeição e com grande distância do pelotão dos mais corruptos.
Mais que isso: seu nome passa longe da operação Lava Jato, apesar do presidente estadual de seu partido, Alfredo Nascimento, estar implicado nas investigações.
Foto: BNC