Plano Bradesco rouba vagas em hospital de campanha, denuncia Samel
Segundo presidente da Samel, gente do banco Bradesco foi tratada no hospital de campanha público, sem pagar nada por isso

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 07/05/2020 às 22:47 | Atualizado em: 07/05/2020 às 22:47
O presidente da rede de hospitais Samel, Luís Alberto Nicolau, denunciou o plano de saúde Bradesco de roubar vagas em hospital de campanha de Manaus.
De acordo com vídeo que gravou na noite de hoje (7), Alberto Nicolau afirmou, de forma categórica, que o plano particular encaminhou clientes para tratamento do coronavírus (covid-19) na unidade pública. Sem pagar nada por isso.
“Vocês estão roubando vaga de uma pessoa pobre”, acusou ele.
Além disso, Alberto Nicolau acrescentou:
“Vocês, que já exploram a população com juros exorbitantes […] não podem fazer isso, ficar roubando os leitos da população”.
Por exemplo, o executivo da Samel citou o caso de uma gerente do banco Bradesco. Conforme explicou, ela foi internada no hospital de campanha público.
“O hospital de campanha deu, anteontem, alta para uma gerente de sua agência. E eu estou falando isso. Eu tenho provas. Nós já atendemos, no mínimo, que a gente sabe, dois clientes de vocês”.
Conforme o presidente da Samel, a empresa Bradesco argumentou que iria ressarcir ao SUS os custos do atendimento.
Porém, Alberto Nicolau rebateu que o hospital de campanha não é credenciado no SUS. Dessa maneira, exige que a empresa pague a despesa particular para reinvestimento no hospital público.
“Vocês procurem o prefeito porque terão de pagar as internações que estão fazendo. O hospital de campanha não é credenciado SUS. Então, vocês, amanhã, vão ter de acertar as contas. Porque vocês estão roubando a vaga de pobre”.
Essa unidade se integrou à rede pública de saúde do Amazonas de forma emergencial. Para isso, Samel, Prefeitura de Manaus, instituto Transire e outros firmaram parceria.
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Carência
Nesse mesmo vídeo, Alberto Nicolau disse que apoia ação da OAB-AM para obrigar planos de saúde a atender pacientes do coronavírus, sem carência.
Segundo ele, a Samel já faz isso desde o começo da pandemia.
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Adventista
Ao mesmo tempo, o executivo criticou a cobrança de preços abusivos no Hospital Adventista de Manaus para tratar pacientes com coronavírus.
Dessa maneira, atacou a empresa de não dar retorno à sociedade sendo de caráter filantrópico. Ao contrário, reajustou exorbitantemente o preço de seus serviços durante a crise do coronavírus.
“Então, quando o Adventista faz isso, está fazendo com que um pobre subsidie um milionário para ser atendido lá, um rico. Porque eles só atendem aos planos mais tops de Manaus e as pessoas ricas”.
Veja o vídeo, na íntegra
https://www.facebook.com/samel.manaus/videos/287093798964911/?t=3
Foto: BNC Amazonas